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humanização da medicina
(Hercy Santos)

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Relação médico – paciente. “ O remédio mais usado em medicina é o próprio médico, o qual, como os demais medicamentos, precisa ser conhecido em sua posologia, efeitos colaterais e toxicidade”. BalintBalint foi um médico psiquiatra inglês, que criou grupos de orientação aos profissionais da área da saúde, após verificar que, com freqüência, era chamado para dar parecer em pacientes hospitalizados, que não tinham patologias mentais, mas apresentavam sintomas mentais reacionais, quadros de distúrbios de comportamento porque não sabiam porque tinham sido internados, qual a sua patologia, tratamento e muitas vezes eram submetidos a procedimento cirúrgico sem qualquer explicação. Isso pode, atualmente soar como absurdo, mas na época a prepotência dos profissionais em relação ao doente era enorme. Balint passou a reunir profissionais do hospital, avaliando a dificuldade que tinham em se relacionar com os doentes, mostrando que, muitas vezes, esse era processo de mecanismos de defesa diante da dor, sofrimento e morte; cansaço de ter que repetir explicações, sobre doenças, para pessoas com dificuldade de percepção, e na maioria dos casos, por subestimar a necessidade da pessoa tomar conhecimento do seu quadro patológico, por achar que essa era tarefa exclusiva dos médicos, não cabendo a pessoa entender a sua patologia e participar do planejamento terapêutico. A reação de ansiedade, dos pacientes, cedia quando Balint explicava porque tinham sido internados e qual o tratamento estavam sendo submetidos. Os grupos Balint proliferaram em todo mundo, tornando a medicina mais humanizada, tanto para o paciente como para os próprios profissionais da área da saúde. Não são grupos terapêuticos, mas nesse espaço médicos, enfermeiros, entre outros, podem discutir suas dificuldades pessoais ao lidar, durante anos, com a doença e a morte. A relação entre profissionais da área da saúde, especialmente entre o médico e seu paciente, vai depender de como se estabelece esse rapport.A pessoa do médico deve ser trabalhada, no seu aspecto emocional, para poder suportar a angústia de seus pacientes, para ter a capacidade de observar e compreende-los, sem deixar que seus problemas pessoais possam interferir no processo de diagnóstico e do tratamento. Saber escutar, poder entender o que o doente esta querendo dizer e saber dizer em linguagem compreensível, para o leigo, o que tecnicamente está percebendo. Não é suficiente conhecer a enfermidade é fundamental conhecer o enfermo. É importante que o médico procure conhecer a si mesmo, visto que profissionais com os mesmos conhecimentos, e a mesma técnica, podem ter resultados distintos dependendo da atitude de cada um, diante do seu paciente. A relação médico-paciente pode conduzir a efeitos iatrogênicos e o desconhecimento do poder das palavras pode conduzir o médico a fazer mal uso delas, inclusive causando traumas. Sentimentos difíceis, por parte do médico, como insegurança, superioridade e indiferença podem torna-lo um profissional inapto para lidar com pessoas doentes, que pela própria condição, tornam-se vulneráveis e frágeis. A experiência e o respeito do médico perante seu paciente devem vir acompanhados por um desejo altruísta de servir, ter um profundo conhecimento da natureza humana e a capacidade de observação livre de preconceitos, o que torna a arte de curar distinta de qualquer outra técnica, porque requer amor pelo próximo. A aquisição das habilidades necessárias para o bom exercício da medicina, se torna mais evidente na homeopatia, onde a pessoa é vista como um todo, sem distinção entre físico e o mental.A homeopatia exige do médico uma nova maneira de compreender a enfermidade e a valorização dos sintomas. Todos estados patológicos têm componentes físicos e emocionais, e cabe ao homeopata tentar entender a dificuldade fundamental, daquela pessoa, que a fez alterar sua organização sistêmica, e que vai se traduzir em sintomas. O médico deveria ter uma excelente formação em comunicação, disciplina que é estudada exaustivamente em outras profissões como jornalismo, direito, administração, entre outras áreas do conhecimento.Essa é uma deficiência nos cursos da área da saúde, onde saber se comunicar é fundamental. A linguagem não verbal deve se observada, com o mesmo cuidado, com que se escuta o que o paciente verbaliza. É importante que permita que o paciente fale da sua subjetividade, escutando o enfermo numa atitude de aceitação e compreensão o que vai favorecer a compreender daquela pessoa que esta doente. O médico homeopata não se propõe a ser psicoterapeuta, mas deve estabelecer um bom relacionamento com seu paciente, o que por si, já potencializa a ação da sua prescrição. O bom médico está ciente de suas limitações e da ciência que pratica. Transcreveremos um trecho de uma carta que Hahnemann escreveu em 1795 a um príncipe alemão:“ ...Escolhei de preferência um médico que jamais se mostre grosseiro, que não se irrite, salvo à vista de uma injustiça; que não desdenhe de pessoa alguma, salvo dos lisonjeadores; que tenha poucos amigos, mas por amigos, homens de coração; que deixe aos que sofrem a liberdade de se lastimarem; que jamais emita uma opinião sem prévia reflexão; que prescreva poucos medicamentos, a maioria das vezes um único; que viva afastado do ruído da multidão; que não dissimule o mérito de seus confrades e não faça auto-elogio; enfim um amigo da ordem, da tranqüilidade, um homem de amor e de caridade.... Antes de escolher um médico, observai como ele se comporta com os pobres e se procura se ocupar com trabalhos sérios”.



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