Litíase Urinária
(Fábio Duarte Garcia)
Litíase ou cálculo urinário é uma estrutura crisatalina no trato urinário, que atingiu tamanho suficiente para causar sintomas e ser visível às tecnicas de imagem radiológicas. É uma doença conhecida pela humanidade há vários séculos, com registros de cálculos vesicais feitos em papiros egípcios e babilônicos. No entanto, apesar do conhecimento antigo dos cálculos, seu tratamento foi desastroso e ineficaz até recentemente. Resumia-se ao tratamento da crise nefrética aguda e retirada posterior do cálculo, não havendo preocupação com a prevenção, acontecendo um grande número de recorrência. O maior conhecimento da fiosipatologia da litíase e a descoberta da influência dos distúrbios metabólicos na litogênese, possibilitou a criação de um tratamento eficaz contra a recorrência de novos cálculos. A litíase urinária é uma patologia que atinge cerca de 15% dos homens e 10% das mulheres nos países desenvolvidos. Trata-se de uma doença multifatorial, com a contribuição de fatores genéticos, individuais, ambientais, metabólicos, climáticos e infecciosos. Todos estes fatores participam na formação de cálculos urinários, entretanto, a participação de cada um deles varia de individua para indivíduo, podendo ocorrer a concomitância de dois ou mais fatores. Por outro lado, em determinados pacientes, ocorre predominância genético-familiar, onde é possível detectar alterações metabólicas comuns a várias pessoas da mesma família. Portanto, deve-se entender a litíase urinária como uma patologia resultante da predominância ou somatória de um ou mais fatores que predispõem à formação de cálculos. Além disso, a intervenção sobre esses fatores ajudará a prevenir a formação de novos cálculos, garantido menor número de intervenções cirúrgicas e melhor qualidade de vida para o paciente. O tratamento é focado na eliminação da crise aguda de cólica nefrética, tratamento cirúrgico para a remoção do cálculo e tratamento clínico para a prevenção de recorrências, uma vez que esta ocorre em cerca de 50% dos pacientes em 4 a 5 anos após a primeira crise litiásica.
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