O Evangelho de Judas
(Rodolphe Kasser; Marvin Meyer; Gregor Wurst)
O livro baseia-se num códice encontrado em 1978, no Médio Egito, em linguagem copta, posteriormente traduzido para o inglês e deste para o português. Recebeu a denominação de Códice Tchacos, apresentando folhas (papiros)perdidas e falhas com prejuizo de palavras apagadas. Este documento tem a sua origem por volta do século II d.C, segundo as pesquisas relatadas.Os autores consideram um documento gnóstico que dá uma outra interpretação diferenciada dos tradicionais Evangelhos do Novo Testamento. Judas é apresentado não como um traidor do Mestre, mas sim como o único apóstolo que tinha condições de entende-lo e como tal, poder dialogar mais claramente sobre certos mistérios.Esse apóstolo não teria traído Jesus, mas sim cumprido, justamente, os desígnios defendidos pelo Mestre, o qual éra necessário o sacrifício do Martírio com dois objetivos: um de redimir os pecados da humanidade e outro libertar o seu espírito das vestes carnais, no sentido de que Ele pudesse retornar ao plano Divino.Judas é apresentado como o discípulo mais próximo, o único capaz de entender os mistérios do plano divino, do qual Jesus ascendeu e que a dita traíção, não passou de uma estratégia para que se cumprisse os objetivos do Mestre. Mesmo o suposto auto-enforcamento de Judas é contestado, por não haver provas suficientes e que possivelmente teria sido cogitado para justificar um erro grave deste apóstolo que reconhece e se arrepende. É enfocado também no livro a questão política-religiosa que permeou durante os primeiros séculos do cristianismo, onde vários segmentos religiosos procuraram servir-se da base dos conhecimentos de Jesus para justificar seus objetivos e conquista de poderes.Desta forma, os conhecimentos gnósticos foram rejeitados na composição do Novo Testamento, justificando, assim, os motivos pelos quais o Testamento de Judas e quiçá de outros como o Evangelho de Tomé, o Dídimo, de Felipe, ficassem fora da denominada Sagrada Escritura.Os autores deixam transparecer conhecimentos rudimentares dos movimentos esotéricos da época, tal como a Confraria dos Essênios, onde Jesus teria tido sua iniciação e tantos outros que existiam, antes e após o surgimento de Cristo, principalmentenos primeiros séculos após sua morte, o que determinou a existência de vários evangelhos, uns compilados no Novo Testamento e outros excluídos.
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