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Os Imigrantes Mudam a Face da Sociedade Brasileira
(Daniela teixeira)

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Os Imigrantes Mudam a Face da Sociedade Brasileira
Desde a época de D. João VI existiam idéias de trazer imigrantes para o Brasil, inclusive o próprio rei possibilitou a vinda de suíços para N. Friburgo no Rio de Janeiro.
Na fase da independência, intelectuais políticos brasileiros inspirados pela filosofia iluminista, incentivavam a imigração para ocupação do território, aumento do número de militares e para estimular o trabalho livre, que consideravam superior ao escravismo.
D. Pedro I autorizou a fundação de núcleos de colonização européia no Sul do país, nos primeiros anos de seu reinado, a cidade de São Leopoldo no RS foi a mais bem sucedida (alemã). Eram comunidades de ocupação, onde mantiveram muito de seus costumes de origem.
Essa iniciativa não prosperou, pois a mão de obra escrava ainda era a principal opção, o estímulo era destinado ao tráfico negreiro.
O desenvolvimento tecnológico da Europa, que resultou em melhoras na produção agrícola e queda na taxa de mortalidade ao longo do século XIX, gerando um grande aumento populacional e ao mesmo tempo mão de obra excedente somado ao fim do tráfico negreiro no Brasil e às facilidades de transporte (navegações e ferrovias) causadas também pelo avanço da tecnologia, proporcionaram a grande imigração na segunda metade do século XIX.
Os políticos empenhados em trazer trabalhadores livres, não queriam qualquer tipo de etnia, eles queriam europeus brancos, pois eram vistos como os únicos capazes de organizar uma nação civilizada e moderna.
A princípio o governo incentivou a vinda de imigrantes (italianos e alemães) para ocuparem as terras menos populosas no sul do Brasil. Lá esses imigrantes se estabeleciam em núcleos coloniais onde praticavam uma cultura de subsistência, praticamente abandonados à própria sorte. Muitos desses imigrantes foram auxiliadores no extermínio das tribos indígenas dessa região, fato que se desenrolou até a primeira metade do século XX.
Logo os cafeicultores reivindicariam a vinda desses europeus também para as fazendas. Em 1871 conseguiram do governo a vinda de imigrantes subvencionados, ou seja, com as despesas de viajem pagas, já que o sistema de parceria tinha fracassado.
Antes dessa política de braccianti, trabalhadores braçais, muitos pequenos proprietários de terras e com algumas posses vieram para o Brasil.
Na década de 1880 os cafeicultores paulistas criaram a Sociedade Promotora da Imigração. Essa sociedade encarregou-se de recrutar trabalhadores na Europa, muitas vezes com falcas promessas de que aqui encontrariam um verdadeiro paraíso.
A vinda de portugueses também cresceu. Além dos fatores mencionados, facilitava o transporte desses portugueses a existência de uma linha regular de vapor entre Lisboa e o Brasil que existia desde 1851.
Além de se dirigirem para as lavouras, muitos imigrantes foram trabalhar nos centros urbanos e constituíram a base de operariado brasileiro.
A elite brasileira debatia a ascensão do trabalho livre visando a utilização de mão de obra européia em detrimento da nacional. De acordo com esse pensamento o europeu já estava acostumado ao trabalho enquanto os ex-cativos viam a liberdade como sinônimo de vadiagem. Essas argumentações faziam parte de um projeto para "embranquecer" e europeizar a sociedade brasileira. Tais idéias eram baseadas nas teorias cientificas que pulsavam no mundo no final do século XIX em favor de uma nação hierarquizada baseadas em critérios raciais.
Teorias como: etnocentrismo: idéia de que existem povos culturalmente superiores e outros inferiores, os europeus acreditavam que sua cultura era melhor que a asiática e a africana, culturas consideradas ignorantes, atrasadas. Racismo científico: baseava-se na ciência para afirmar que a raça branca era mais inteligente, mais saudável que outras raças como a asiática, a africana e a indígena. Darwinismo social: usava a teoria da evolução de Darwin para explicar os fenômenos sociais, alegando que a vida na sociedade era uma eterna luta pela sobrevivência e que só o mais apto predominava. Enfim essas ideologias serviam para legitimar a dominação européia na África e na Ásia e também para justificar a escravidão. No Brasil elas foram usadas para incentivar o branqueamento e a civilização da nação.
Por esse lado a imigração não se restringia à necessidade de mão de obra, mas também a um ideal de construção de uma nação. Uma nação livre e de cidadãos brancos. Os brasileiros mestiços, negros e brancos pobres não tinham qualificações como trabalhadores e cidadãos.
Por meio dessas idéias racistas, até mesmo a vinda de imigrantes chineses e outros asiáticos foi desestimulada, pois eles não estimulariam o progresso do país, eram mais atrasados e não dariam exemplos de valorização do trabalho que os europeus supostamente davam.
Enfim, através desse processo de estimulo à imigração muitas etnias vieram fazer parte do mosaico que é a população brasileira, além de indígenas, negros e portugueses, o povo brasileiro também é formado por italianos, alemães, árabes, espanhóis, poloneses, húngaros, austríacos, russos, ucranianos, chineses, japoneses...



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