Crianças com Défice de Atenção
(desconhecido)
As crianças que sofrem de Distúrbio de Défice de Atenção (DDA) foram, durante muitos anos, acusadas de serem rebeldes, traquinas e de terem mau feitio. Este distúrbio, que afecta mais os rapazes do que as raparigas e só recentemente começou a ser diagnosticado, inicia-se na infância e acompanha o indivíduo ao longo de toda a sua vida provocando-lhe grandes danos quer físicos, quer psíquicos. O diagnóstico é, no entanto, ainda díficil porque os critérios são muito específicos e não há testes psicológicos que o validem. O psicólogo terá com comprovar a presença inquestionável de níveis anormais de desatenção, hiperactividade e inquietação, ao longo de mais de seis meses, em múltiplos contextos (casa, escola...) e que se tenham revelado antes dos sete anos de idade. Tanto quanto se percebeu até hoje o que está na origem deste distúrbio é uma disfunção neurológica no córtex pré-frontal. Está provado que, ao contrário do que deveria acontecer, a actividade do córtex pré-frontal nas pessoas afectadas pelo DDA diminui à medida que elas tentam concentrar-se. Revelam dificuldades de concentração por períodos de tempo prolongados e em assuntos longos, comuns e rotineiros. No entanto, por vezes, conseguem manter-se atentos a coisas esteticamente atraentes, altamente estimulantes, interessantes ou assustadoras. No caso das crianças, por exemplo, poderá ser-lhes possível concentrarem-se num determinado jogo de vídeo, mas não o conseguirem na sala de aula ou a fazer os trabalhos de casa. Estas pessoas demonstram ter uma necessidade muito intensade excitação porque só assim são accionadas as funções do seu córtex pré-frontal. A falta de controlo dos impulsos leva-os a meterem-se frequentemente em problemas e a sua impulsividade pode causar comportamentos problemáticos. Esta atitude tem como objectivo, na opinião de alguns especialistas, a estimulação do córtex pré-frontal. Comportamentos de hiperactividade, desassossego ou até o simples acto de cantarolar são formas de auto-estimulação. Temos, porém, de ter em atenção que em crianças afectadas por este distúrbio a punição não surtirá qualquer efeito. Elas devem sim ser estimuladas pelo reforço positivo (elogio) já que a pressão originará resultados indesejáveis.
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