Resumo de Gentileza Nunca É Demais!

Estamos tão acostumados a andarmos pelas ruas olhando ao longe, desviando das pessoas como quem desvia dos postes de iluminação, introspectivos e preocupados, sem focarmos mais nos olhos uns dos outros. Vamos daqui até ali e não enxergamos ninguém diante de nós. Estamos no nosso próprio mundo, diante de nossos próprios problemas, a ponto de nos isolamos completamente, apesar de sermos seres de convivo social.No supermercado, as pessoas deixam os carrinhos largados de qualquer maneira nos corredores, enquanto pesquisam os produtos nas gôndolas sem se importarem com quem vai passar por ali; no cinema ou no teatro, as pessoas não se preocupam em desligar seus aparelhos celulares, desrespeitando ao público e aos profissionais envolvidos no evento que está acontecendo; fumantes acendem seus cigarros em lugares fechados e de pouca circulação de ar, nem um pouco incomodados com quem está ao seu lado; falsas grávidas e falsos deficientes físicos colocam-se no atendimento especial de agências bancárias e órgãos públicos para evitarem as longas filas, sem qualquer pudor; pessoas, ainda nas mesmas filas, vendem seus lugares, o mesmo lugar para diversas pessoas, com a mesma inocência que um pipoqueiro vende um saquinho de pipocas atrás do outro; pessoas se digladiam, a cada segundo, no trânsito caótico, utilizando seus veículos como poderosas armas de matar; pessoas matam pessoas por tão pouco, certificando que uma vida humana realmente não lhes significa nada.Pense leitor, em cada uma destas situações, em quais delas você já esteve envolvido? Qual era a posição que você se encontrava, do usurpado ou do usurpador? E finalmente, qual foi a sua sensação? Boa ou ruim? Agradável ou desagradável? De vitória ou de derrota? Se tivesse uma nova oportunidade, faria tudo igual ou mudaria alguma atitude?Reflita um pouco sobre isto antes de prosseguir esta leitura!Outro dia, ao entrar na minha agência bancária, a porta giratória travou, indicando que eu possuía objetos de metal junto ao corpo. Retirei então o aparelho celular e o molho de chaves, depositando-os no recipiente apropriado e voltei à porta giratória, desta vez passando sem maiores transtornos. Neste meio tempo, um cliente da mesma agência também chegava e assistiu o que ocorria comigo, tomando a providência de adiantar-se aos fatos e colocar seus objetos de metal, um molho de chaves apenas, no mesmo recipiente em que se encontravam meus objetos. Passei pela porta giratória e fui até o recipiente, pelo lado de dentre, desta vez, notando que o homem fazia o mesmo trajeto, logo atrás de mim. Tomei a iniciativa de pegar o seu molho de chaves e entregar-lhe em suas mãos, que ficou, mais que agradecido, surpreso com minha gentileza.Enquanto eu pegava meus pertences verifiquei que aquele sujeito começava a subir as escadarias, em direção aos caixas de atendimento, para onde eu também me encaminharia e fiquei com uma leve sensação de ter sido passado para trás, apenas por ter sido gentil.Ao terminarmos de subir as escadas, aquele homem teve a sensibilidade de perceber que eu também me encaminhava para os caixas e, para minha magnífica surpresa, ele parou de andar, saiu de lado, abrindo caminho para mim, e fez um gesto com a mão, para que eu passasse à sua frente, devolvendo-me a gentileza ocorrida na porta giratória.Se o leitor puder, por alguns instantes, colocar-se no meu lugar e viver imaginariamente esta história, vai sentir exatamente o bem estar que eu senti no momento que tudo isto aconteceu comigo. E tenho certeza que, se o leitor escolher se colocar no lugar do homem que protagonizou esta história comigo e viver imaginariamente os acontecimentos, vai sentir exatamente o bem estar que ele sentiu por ter vivido este mesmo momento.Experimente!Tenham certeza, eu me senti muito bem e aquela pessoa se sentiu tão bem quanto eu.Naquele momento, eu percebi que a humanidade ainda tem salvação e que o que temos que fazer é tão pouco, no entanto, precisa ser feito!Este acontecimento se deu num dia12 de Abril. Nunca vou esquece-lo, pois para mim, este tornou-se o “Dia Internacional da Gentileza”!

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