Vida Passageira
(Luiz Augusto)
Vida Passageira.
Estava eu a navegar pelas paginas da web quando me deparei com a possibilidade de relatar minha experiência com a inusitada e assombrosa condição de desemprego aos 46, isto é algo que em algum momento se imagina poder acontecer um dia, mas, sem jamais admitir o fato de que é uma realidade e que acontece, quando o fato é consumado, fica-se primeiro transtornado, depois, atordoado e por fim inutilizado. Fazer o que, esse é o ciclo natural da vida, é o velho dando lugar ao novo no processo da transformação, quem sabe ser aquela poeira cósmica que no passado foi matéria prima do big bem do universo, o principio de tudo, eis que ocorre ogrande big bem, o pai gerador da super nova, oriunda de tal fenômeno interplanetário, tão distante e incompreensível, mas tão real quanto esta minha condição existencial atual e contemplativa, e a vida que se esvai de meu ser deliberadamente, sem que eu possa esboçar qualquer resistência a este fato inquestionável. Debato-me, numa luta mortal, contra a dura realidade de minhas limitações, que insistentemente me devora as possibilidades, que outrora me eram tantas, hoje raras, amanha talvez apenas lembranças. Mas certamente, lembranças das memoráveis e inesquecíveis conquistas alcançadas, por méritos próprios, e que jamais poderão ser esquecidos por aqueles que sub-existiram e emergiram de minha existência, para fazer também sua historia, historia esta que tem suas raízes na minha, na sua, na deles e quem sabe lá bem mais distante, na de todos, por conta da simbiose da reunificação do seres num unico.
Augusto de Souza
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