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25 Anos sem Elis
(Antonio Carlos Prado; Ivan Claudio)

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Elis estava no início de carreira. Chico Buarque também. Elis estava lançando praticamente todos os grandes compositores brasileiros: Caetano, Gil, Milton, João Bosco, Tom, Vinícius e tantos outros. Chico foi à casa de Elis para mostrar as músicas. Sua timidez fez com que ele só olhasse pra baixo e não conseguiu tocar nem cantar. Elis, com sua personalidade forte, não deu muita bola pro rapaz. Resultado: Elis perdeu a oportunidade de lançar Chico. Esse episódio mostra quem foi a pessoa Elis: uma mulher de temperamento extremamente forte a ponto de ser apelidada de “Pimentinha”. Elis pediu uma música inédita pra Gilberto Gil, este não tinha a música pronta mas a faria para o dia seguinte. Compôs então Ladeira da Preguiça, que foi sucesso imediato. Ou seja, aí está o traço da cantora Elis: canções nas quais ela colocava a sua garganta viravam ouro puro, sobretudo devido a sua perfeita afinação, à incansável respiração e à inimitável divisão rítmica de sílabas e versos. Elis tornou-se um mito, naturalmente esquecido do grande público pelos 25 anos que distanciam a sua morte dos dias de hoje. Mas o mito retorna agora, mais vivo que nunca, numa série de lançamentos e relançamentos que a homenageiam postumamente. Uma caixa com três DVDs, chamada Elis, chega às lojas esta semana pelo selo EMI. Os DVDs são: Na batucada da vida, Doce de pimenta e Falso brilhante. Está saindo também a versão remasterizada (5.1 surround) do CD Falso brilhante (Trama), um dos principais trabalhos da gaúcha Elis, lançado originalmente em 1976 e gravado em apenas dois dias nos intervalos do show homônimo em São Paulo. Dentro das homenagens dos 25 anos de sua morte, já se cravou o mês de março para o lançamento da nova edição do livro Furacão Elis (Ediouro), a melhor biografia da “Pimentinha”, escrita pela jornalista Regina Echeverria. Aliás, foi justamente ela quem certa vez testemunhou o porquê da exatidão do apelido e o porquê do brilho e prestígio da cantora: “Eu estava na platéia assistindo a um ensaio e repentinamente Elis interrompeu e deu uma violenta bronca em todos os músicos. Naquele momento eu percebi o tamanho de sua musicalidade. E a força de seu temperamento.” Terminada a bronca, com a maior tranqüilidade Elis olhou para Regina e perguntou: “Vamos jantar?”. No dia 19 de janeiro de 1982, no auge da fama e recém-separada de seu marido, o pianista e compositor César Camargo Mariano, ela estava em seu apartamento em São Paulo (quinto andar de um prédio daelegante rua Melo Alves, nos Jardins). Passara a noite em claro. E era manhã cedo quando decidiu deitar-se e dormir. Antes, tomou um coquetel fatal de uísque com cocaína e sonífero. Às nove e meia da manhã, ainda teve forças e pediu socorro pelo telefone. Em vão. Elis Regina morrera com 36anos, no auge da carreira.



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