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Epistemologia Popperiana - Noções Gerais
(Popper)

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Visto que o método da ciência tradicional contém alguns problemas Poppertenta reformular a forma como olhamos para a actividade a que chamamos ciência.Apercebendo-se de características distintivamente humanas como aimaginação e a crítica, que permite a consciência quer de resultados errados(falibilismo humano) quer de resultados certos, Popper retoma uma ideia de Hume- de que a indução é ilegítima - retira qualquer importância que este dava àprobabilidade (para Popper, entre apelar a 10 casos ou a 1003 casos não háqualquer diferença), e observa a falácia da afirmação do consequente que surgeno método hipotético-dedutivo. Deste modo Popper inverte totalmente o prismadaquilo que é e pretende a ciência e o cientista.À laia do Modus Tollens (estesim, passo logicamente legítimo e válido) o cientista não deve ser um salvadorde Teorias. O que ele deve tentar é precisamente falsificar constantementeessas Teorias, pois deve olhar para si com a humildade suficiente para saberque pode errar, bem como, nunca acederá à observação da totalidade dos casos. Omesmo é dizer que somos falíveis e que estamos sempre no plano da contingência,deste momento em particular. As coisas sucedem-se de uma certa maneira nestemomento, não sempre!Àquilo a que a ciência tradicional chama lei, ou teoria, devemos, segundoPopper, chamar conjectura pois o nosso conhecimento não assenta numa baserochosa chamada certeza. Assenta antes numa base pantanosa de verdadesexplicativas provisórias, ainda não falsas [falsificáveis ou corroboradas],meras promessas de sucesso!Então, se estamos no plano da eterna conjectura, como evoluir noconhecimento?A ideia a reter é a de que o conhecimento não é perfeito mas éperfectível, de que não existem certezas (tudo é contingência) mas que o homemao exercer o seu sentido crítico e imaginativo traça um caminho de aproximaçãoà verdade [sempre com um “v” e nunca com um “V”, em Popper não existe AVerdade, em sentido absoluto]. Isto é, esse traçado será sempre um esquisso,mas um esquisso cada vez mais informativo, uma hipótese explicativa cada vezmais resistente aos severos testes da crítica do cientista. É esse o sentido doconhecimento: de uma malha larga por onde nos escapam grandes fragmentos,tendemos para uma fina rede que nos vai aproximando do texto total, do tecidointegral que é/compõe o mundo. É, enfim, a crítica o motor da evolução que está ou deve estar semprealerta para testar aquilo que a criatividade instaurou como hipóteseexplicativa. Assim, é um ciclo incessante entre velho problema e novo problema,entre conjectura audaz e teste rigoroso, que permite a depuração, seja porrefutação – quando se consegue falsificar a hipótese – seja por corroboração –quando a hipótese resiste e força o cientista a inventar outro teste para lheaplicar. Há, pois, progresso científico se a nova teoria explica aspectos que aantiga já explicava, se colmata lacunas e, se possível, se acrescenta algo denovo em relação à teoria anterior. Daqui surge um critério de demarcação, entre aquilo que é Ciência e o quenão é, que é outra coisa qualquer (Metafísica, Arte, Religião, História,Psicologia…) mas que não é Ciência! Esse critério é precisamente atestabilidade: só é científico aquilo que é testável, o que eu nunca possodizer acerca de “A alma é salgueirista.” ou da interpretação freudiana docomportamento do fumador como uma fixação no estádio oral. Este critério é de extrema importância para Popper pois, como críticoacérrimo do positivismo lógico – que tenta submeter a não-ciência, aquilo quenunca pode ser verificado nem falseado, nomeadamente a História, aos métodoshipotético-dedutivo ou indutivo! O que Popper diz existir é uma enorme dose deimprevisibilidade, à qual não conseguimos escapar. Essa imprevisibilidade nãodeixa nunca de estar aí, quer falemos de Ciência quer de áreas como a Históriaou a Sociologia… E é este tipo de crença em leis ou nexos causais, emhistoricismos cientistas que levam a totalitarismos dos quais Popper se afastaperemptoriamente.



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