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A Ciência como vocação
(Arivaldo Araujo)

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MAX WEBER: RAZÃO E MORAL O tema proposto está entre um dos problemas centrais da reflexão Weberiana, posto que, seja, em seus escritos metodológicos ou políticos o que se nota é o confronto permanente entre a razão e a paixão ou a fé, o que torna o ponto fulcral para a análise da relação entre a ciência e ação do pensamento desse grande cientista. Suas teorias não se identificam com nenhuma corrente de pensamento da época nem se encontram perfeitamente sistematizadas em uma grande obra. Seu pensamento é uma síntese da tradição científica e filosófica da Alemanha moderna resgatando o melhor da metodologia e dos conceitos já formulados para propor uma ciência social em que os múltiplos fatores se encontram relacionados e se explicam reciprocamente. A Sociologia Weberiana caracteriza-se por um dualismo racionalismo – irracionalismo. Racionalismo: rotina social; estabilidade; tradição; legalidade; continuidade; espírito científico e pragmático do ocidente, sacrificando a espontaneidade da vida aos cálculos e à seleção dos meios, para serem atingidos fins previamente escolhidos. Irracionalismo: crenças; mitos; sentimentos; ação carismática. A própria personalidade do homem Weber, que serpenteia entre a ciência (racional/analítica) e a atividade prática (paixão/causa), acaba por dificultar, ainda mais, a tarefa proposta. A incidência dessa tensão (razão x paixão) sobre a política torna-se clara no conflito insolúvel que, para Weber, se apresenta entre as duas éticas distintas que orientam a ação do ator político, qual seja, a “ética da responsabilidade” e a “ética da convicção”. A abordagem desse fenômeno deve passar pela análise do processo de decisão, por se constituir no ponto central do fenômeno político e o espaço onde as duas éticas se apresentam mais claramente, para delinear suas diferenças e travar suas eternas lutas pelo domínio sobre a orientação da ação. Nesse processo de decisão o ator político deverá selecionar um modo de ação considerado ótimo, entre várias possibilidades, de acordo com um critério já estabelecido. Dois são os aspectos que concorrem nesse processo de decisão: o momento técnico, onde todas as possibilidades adequadas são traçadas e apresentadas para o fim que se busca e, um segundo momento dominado por um aspecto seletivo, onde a decisão aponta uma solução entre as várias possíveis e de antemão apresentadas, usando um certo critério. Essa decisão no processo político obedece o critério da “postura prática” frente à causa e, como tal, resistente à metodologia científica. Nessa linha de raciocínio poderíamos dizer que o processo de decisão no momento de traçar e eleger as várias possibilidades (momento técnico) obedece a “ética da responsabilidade” e no segundo momento o predomínio seria da “ética da convicção”, que daria sentido à ação orientando o ator político na determinação daqueles critérios relativos à “causa”. Os valores não são universais nem necessários, muito pelo contrário, explica WEBER, eles são resultado de uma escolha que, por sua vez, não tem, nem pode Ter, justificação científica possível. A escolha é o produto do posicionamento pessoal do homem frente a uma gama enorme de valores opostos e em conflito permanente. São os deuses e demônios, no dizer Weberiano, que dirigem a seleção. As lutas históricas travadas entre os homens e constatadas pela investigação concreta são, para o MAX WEBER, a prova empírica da existência de valores conflitantes.



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