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Otimismo Pedagógico e Escolanovismo no Brasil
(Jorge Nagle)

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No terceiro capítulo do livro: Educação e Sociedade na Primeira República, no item: O Entusiasmo pela Educação e o Otimismo Pedagógico, Jorge Nagle busca desenvolver uma análise do modo segundo o qual nas décadas de 1910 e 1920, o ideário liberal, sob a forma do Entusiasmo pela Educação é retomado no que se refere às suas demandas por representação e justiça. Assim, pela via da educação teria sido buscada a consolidação dos ideais da democracia representativa e da industrialização. De acordo com Nagle, as transformações econômicas e culturais pelas quais o Brasil passava nos anos de 1910 e 1920, teriam condicionado uma visão de educação que concebia a escola como sendo a instituição responsável pela difusão da cultura do progresso, daí a assertiva de que A Escolarização é o motor da História.A partir da década de 1910, dois grupos passariam a buscar na educação sua bandeira de luta: os Nacionalistas e os Católicos. No que se refere aos Nacionalistas, em especial à Liga Nacionalista de São Paulo, caberia afirmar que conceber a educação como um direito político implicava em lutar pela alfabetização das massas como forma de alterar os quadros eleitorais da época pela ampliação do sufrágio. Em relação aos Católicos, seria correto afirmar que na luta pela educação estaria subjacente o interesse de ampliar a influência eclesiástica pela via da escolarização das massas. Desse modo, constata-se que no Pensamento Político-Educacional dos anos de 1920, a escolarização viria a ocupar um papel central.No tocante às políticas públicas de educação percebe-se uma tentativa de fornecer à escolarização um caráter prático, de modo a substituir nas escolas o beletrismo por uma educação voltada para a produção de riquezas para a nação. Tais premissas teriam afetado o Ensino Primário, a Escola Normal, o Ensino Profissional, o Ensino Secundário e o Superior. Nesse contexto, teria sido desenhado o cenário propício para o desenvolvimento de iniciativas como O Inquérito da Instrução Pública de 1926, conduzido por Fernando de Azevedo, e a criação da Associação Brasileira de Educação (ABE) em 1927. Em especial naquilo que tange à ABE, poder-se-ia afirmar que esta associação seria responsável pela condução dos debates acerca da escolarização em âmbito nacional por parte dos técnicos e intelectuais da educação. Uma das principais conseqüências desse clima cultural teria sido a penetração das idéias escolanovistas no cenário político-educacional brasileiro.Quanto à penetração do escolanovismo no Brasil, Nagle identifica duas fases: a) do fim do Período Imperial até o fim da década de 1920: introdução das idéias escolanovistas; b) sistematização das idéias e tentativas de implementação e sistematização do escolanovismo no Brasil: da década de 1920 em diante. Na segunda etapa de penetração do escolanovismo no Brasil, os Reformistas da Instrução Pública teriam se apropriado de parte dos ideais da Escola Nova, como a inserção do Método Experimental e do Pragmatismo nas metodologias de ensino. Merece destaque ainda o fato de que na década de 1920 os Cursos Normais ganhariam um caráter técnico-profissionalizante, com prevalência da Psicologia no currículo desses cursos. Outro elemento que deve ser ressaltado diz respeito à criação de Jardins de Infância à essa época.Naquilo que tange às especificidades de cada uma das reformas, seria interessante mencionar que várias vertentes teria influenciado cada uma dessas reformas. Destaca-se em comum o fato de não ser possível perceber uma total implementação de pressupostos escolanovistas e, nenhum dos casos mencionados pelo autor (Ceará, Minas, Distrito Federal e Bahia) devido ao descompasso entre esse ideário e a organização administrativa e de ensino preexistente nas escolas brasileiras.Concluindo, o autor indica que a fase escolanovista da educação brasileira teria deixado como legado uma modificação de visão autocrítica no sentido de atribuir à dimensão técnica e não à dimensão política a responsabilidade pelos problemas educacionais.



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