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As Entrevistas Exploratórias
(Raymond Quivy)

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Quivy, as entrevistas exploratórias seriam aquelas que devem ser realizadas sempre que nos propomos a investigar um campo onde não possuímos conhecimentos prévios aprofundados a respeito deste campo, além de prestarem-se a romper com as prenoções que informam nosso saber a respeito do referido campo. A esse respeito Quivy afirma que: A entrevista exploratória é uma técnica preciosa para uma grande variedade de trabalhos de investigação social (...) ela possibilita a descoberta dos contatos humanos mais ricos para o investigador (p. 68).Nesse sentido, podemos ser levados a crer que esta técnica de investigação seria de grande relevância para o investigador das Ciências Sociais, desde que, se atente para a delimitação clara das finalidades segundo as quais a entrevista exploratória deve atender. Segundo o autor, antes de iniciarmos uma entrevista exploratória, devemos responder de modo as seguintes questões: a) com quem é útil ter uma entrevista exploratória? b) Em que consistem as entrevistas e como fazê-las? No tocante à primeira pergunta, Quivy nos informa que: Há três categorias de interlocutores com quem pode ser útil ter uma entrevista. Primeiro, docentes, investigadores especializados e peritos no domínio de investigação implicado pela pergunta de partida. A segunda categoria de interlocutores recomendados para as entrevistas exploratórias é a das testemunhas privilegiadas. Trata-se de pessoas que, pela sua posição, pela sua ação ou pelas suas responsabilidade, tem um bom conhecimento do problema. A terceira categoria se constitui do público a que o estudo diz propriamente respeito. (p. 69-70).Ao que parece, ao ter em vista a delimitação destas categorias de sujeitos úteis para se ter uma entrevista exploratória, estaríamos dando um importante passo para construirmos com segurança um instrumento de apreensão do objeto a que nos propomos construir. Naquilo que se refere à segunda pergunta indicada por Quivy (Em que consistem as entrevistas e como realizá-las?), vemos que há neste texto uma explicitação da influência da técnica psicanalítica de Carl Rogers nas entrevistas exploratórias, na medida em que se busca nesta modalidade de instrumento de pesquisa, liberar o discurso de quem se procura conhecer, partir de objetivos previamente fixados pelo investigador que deseja conduzir seu estudo. Para tanto, Quivy propõe os seguintes procedimentos metodológicos (baseado na metodologia investigativa de Carl Rogers): 1) O entrevistador deve esforçar-se por fazer o menor número possível de perguntas (p 72). 2) O entrevistador deve esforçar-se por formular as suas intervenções da forma mais aberta possível (p. 73). 3) O entrevistador deve abster de se implicar no conteúdo da entrevista, nomeadamente envolvendo-se em debates de idéias ou tomando posição sobre afirmações a respeito do entrevistado (p. 74). 4) Por outro lado, é preciso procurar que o entrevista se desenrole num ambiente e num contexto adequados. Do ponto de vista técnico, é indispensável gravar a entrevista por meio magnético (p. 75).Ao que tudo indica, o aprendizado da entrevista exploratória, deve necessariamente conter uma dimensão prática, onde a aplicação desta técnica se tornaria mais eficiente à medida em que sua utilização fosse mais recorrente ao longo do tempo (e, do aumento da experiência do investigador).



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