Breve histórico da Educação dos Deficientes Visuais
(Fatima Christina Labruna Moreira Santos)
Este resumo consiste na análise do histórico da deficiência visual realizado por Fatima Christina Labruna Moreira Santos, Psicopedagoga Brasileira, e jovem pesquisadora no campo da Educação Especial. Neste veremos dois apontamentos importantes da história do atendimento aos deficientes visuais.
No que se refere ao atendimento destinadoaos deficientes da visão, deve ser destacado osingular papel desempenhado de maneira brilhande porValentin Haüy, que fundou em Paris o Institute Nationale des Jeunes Aveugles ( Instituto Nacional dos Jovens Cegos), no ano de 1784. Naquela época Haüy já utilizava letras em relevo para o ensino de cegos, tendo merecido a aprovação da Academia de Ciências de Paris. Por não se caracterizar simplesmente como asilo, mas incluindo a preocupação com o ensino dos cegos ( principalmente a leitura), o Instituto despertou reações bastante positivas e marcou seu início com grande sucesso. Com o passar dos anos, novas escolas para cegos foram abertas e ( isso aconteceu também em diversos outros países da Europa), quase todas elas seguindo o novo modelo apregoado por Haüy. Os cegos foram sempre um grupo favorecido, em comparação com outras categorias de deficientes, ainda que possamos pensar neles freqüuentemente como sendo um grupo de pessoas desprivilegiado em relação às pessoas ditas normais. No Brasil, o quadro é mais ou menos o mesmo quando pensamos na evolução histórica do atendimento a pessoas portadoras de deficiência visual.Assim, podemos observar que tem lhes sido freqüentemente concedidos direitos e privilégios especiais. Embora, por vezes, a cegueira,tal como outras capacidades, fosse considerada uma maldição dos deuses, profetas ou adivinhos.Eram freqüentemente educados, respeitados e, muitas vezes, tornaram-se poetas e transmissores de tradições orais. De todo modo, cabe observarque, ainda quea maior parte das outras categorias de deficiente seja muito mais numerosa, existem mais serviços sociais, educativos e legislativos especiais no Brasil à disposição dos deficientes visuais do que qualquer outro grupo.
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