BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


A leitura dos cegos: sistema Braille e outros métodos
(Fatima Christina Labruna Moreira Santos)

Publicidade
A leitura Braille é um sistema de leitura pelo tato desenvolvido, em 1829, por Louis Braille, um jovem estudante cego e que mais tarde, viria a ser professor na Escola para Cegos de Paris. Braille para criar o método que o tornaria célebre,modificou um código militar usado para comunicações noturnas, de modo que este pudesse sem dificuldades vir aser utilizado pelos deficientes visuais (SAWREY & TELFORD, p.383, 1972).No sistema Braille são usados caracteres em relevo, dispostosem combinações diferentes de seis pontos, organizados estes pontos em unidades de dois pontos na largura e três na altura. Os símbolos são trabalhados e gravados em relevo, com a utilização de papel manilha grosso, sendo dispostos da esquerda para a direita, e geralmente o leitor lêcom uma das mãos e, com a outra, mantém a posição vertical. ( GALLAGHER & KIRK, pp. 207- 208 , 1994)Ao que tudo indica aprender e adquirir desenvoltura na leitura e escrita pelo Sistema Braille é a maior modificação curricular exigida pela educação dos cegos.Se tiver um aluno cego em sua sala, o educador precisa sempre:· Falar em voz alta o que está escrito no quadro negro;· Sempre que possível, passar para esse aluno especial a mesma lição dada aos outros em classe ou para casa;· Buscar apoio com o professor especializado ( sala de recursos ), de apoio pedagógico ou do ensino itinerante, que ensinará a criança o Sistema Braille e acompanhará o processo de aprendizagem e de desenvolvimento do raciocínio;· A partir do momento em que a criança estiver alfabetizada, orientá-la para que anote todas as tarefas. ( GIL, p.44, 2000)O aluno que tem visão parcial suficiente para ler e escrever com materiais comuns precisa ficar sentado perto do quadro negro e utilizar recursos ópticos ( óculos com lentes próprias, lupas .) . Dependendo do grau de deficiência ele precisará usar tipos ampliados e escrever em cadernos especiais, com maior espaço entre as linhas.( GIL, p.45, 2000 ) Existem máquinas de escrever em braille e, onde um bom datilógrafo de braile pode bater de quarenta a sessenta palavras por minuto.Às crianças também se ensina a usar uma máquina de escrever modelo standardusualmente a partir da terceira ou quarta série. Elas acham muito difícil escrever com lápis ou caneta e isto deixou de ser enfatizado, exceto para ensinar a criança a escrever o seu nome. ( LOWENFELD, ABEL & HATTEN, 1969), citados por SAWREY & TELFORD ( p. 384, 1972 )Dispositivos Audio( livros falantes, obras de ficção, revistas, textos didáticos )para cegos , a educação dos cegos requer o auxílio de muitos dispositivos audio. Gravadores, toca-fitas e toca- discos são coadjuvantes necessários de sua vida escolar. Professores de recursos ou itinerantes podem marcar tarefas ou dar instruções especiais em fitas gravadas. O material didático não acessível em braille pode ser gravado em fita ou disco. ( SAWREY & TELFORD, pp. 384-385, 1972) Segundo ASHCROFT,( 1963) citados por SAWREY & TELFORD ( p.384, 1972 ) o braille é o mais eficiente e útil meio de leitura e escrita até hoje criado para o cego.O braille é ensinado, aprendido e lido de ummodoquaseidêntico à escrita e a leituracomuns. Emmuitosaspectos, lerbraille é semelhante à leituravisual. As limitações do braille, em comparação com a leituravisual, são a suarelativa lentidão, o grandetamanho dos livrosimpressosembraille e a gama restrita de materialdisponível.Às crianças cegas também se ensina a escrever em braille, o sistema braille é escrito a mão, usando uma prancha e um estilete especiais, as pranchas são fornecidas em formato de bolso e de mesa, a escrita é feita mediante perfurações com um estilete numa folha de papel que se insere entre duas tiras metálicas. Como o material tem que ser lido pelo reverso da folha de papel, a escrita deve ser feita em sentido contrário, isto é, começando na margem direita e escrevendo na direção da margem esquerda.

Bibliografia Consultada
Política Nacional de Educação Especial/ Mensagem da APAE Parâmetros Curriculares Nacionais: Adaptações Curriculares / Secretaria de Educação Fundamental. Secretaria de Educação Especial.- Brasília: MEC / SEF / SEESP, 1999.Educação da Criança Excepcional – Samuel. Kirk & James. G. Gallagher – Martins Fontes- São Paulo,1994, 3ª edição.Ensinando Crianças Excepcionais – Maria Therezinha de Carvalho Machado& Marlene Concetta de Oliveira Almeida. Livraria José Olímpio Editora, 2ª edição – ( s.d )
Educação Especial: Atuais Desafios – Olívia Pereira,et alli – Editora Interamericana- Rio de Janeiro, 1980O Indivíduo Excepcional – Charles W. Telford & James M. Sawrey – Rio de Janeiro, 1972, Zahar- editora.Caderno da TV Escola- Deficiência Visual – Ministério da Educação/ Secretaria de Educação a Distância – Marta Gil ( org ) nº 1/ 2000 Brasília – MEC.Educação do Excepcional – Ottília Braga Antipoff- Edições Pestalozzi Guanabara, Brasil, 1974.Mazzotta, Marcos José Silveira- Educação Especial no Brasil: Histórias e Políticas Públicas / Marcos José Silveira Mazzotta- 3ª ed- São Paulo: Cortez, 2001.Educação Especial: Visão de um Processo Dinâmico e Integrado/ Maria de Lourdes B. Canziani- Curitiba- Educa - Editora – Universitária Chapagnat a Universidade Católica do Paraná, 1985.Lowenfeld, B., Braille and Talking Book Reading: A Coparative Study. Nova York: American Foundation for Blind, 1945.Scott, R. A, The Making of Blind Men. Nova York : Rssell Sage Foundation, 1969. Barraga, N. C., Increased Visual Behavior in Low Vision Children. Nova York: American Foundation for the Blind, 1964.



Resumos Relacionados


- Vidas Que Marcam Louis Braille

- Braille 200 Anos De Escrita

- Ler Sem Ver

- Nokia Cria Serviço De Sms Para Deficientes Visuais

- Alfabetizar Na Educação Infantil



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia