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POR QUE (NÃO) ENSINAR GRAMÁTICA NA ESCOLA
(Possenti; Sirio)

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OPAPEL DA ESCOLA É ENSINAR LÍNGUA PADRÃO Nãoaprender ou aprender e não usar o dialeto padrão tem a ver em grande parte comos valores sociais predominantes e com estratégias escolares. Oensino da variedade padrão só é grave quando é ensinada a quem não o falausualmente; o problema é a imposição a um grupo social valores de outro grupo. Pode-seextinguir a produção de textos literários na escola, propiciando-se assim,leitura produtiva de textos variados. Digoque para a melhoria do ensino é necessário uma revolução, uma mudança naconcepção de língua, perceber a diferença entre falar e escrever. Amaioria dos atuais lingüistas aceita que o falar é o fundamental e que alinguagem escrita é secundária e derivada, pois, as linguagens escritasresultam da transferência da fala para um meio secundário, ou seja, visual. Saberdistinguir os processos de aprendizagem é tarefa fundamental para um professorde línguas, para não cair na didática tradicional explorando apenas os reflexoscondicionados não dando chance para a criatividade e evolução do aluno. Paraafirmar a concordância com o capítulo acima sintetizado é necessário que seentenda por criatividade, a capacidade que as pessoas têm de construir e deentender, na língua-mãe, número indefinido de sentenças que jamais ouviram eque, talvez jamais tenham sido enunciadas.NÃO HÁ LINGUASFÁCEIS OU DIFÍCEIS. Foidescoberto que as ditas línguas primitivas têm semelhanças estruturais àslínguas consideradas civilizadas, portanto, não é correto afirmar que hálínguas primitivas; considerando-se ainda que, todas as línguas são estruturasde igual complexidade, infere-se que, o que há são línguas diferentes, prova deque uma língua não tem maior complexidade que outra. Concordocom o assunto, buscando subsídios no comparativo entre uma criança que nasce noBrasil aprende a língua entre dois ou três anos e as crianças que nascem portodo o mundo, pois, levam a mesma média para aprender suas línguas,independentemente de sua suposta complexidade, tendo-se a mesma análise para osdialetos.TODOS OS QUE FALAM SABEM FALAR Aprova que as crianças sabem falar é que elas falam o dia inteiro, falam élógico o dialeto do lugar onde vivem para termos esta análise é necessário quea idéia de erro não seja o critério social. Parasaber falar é necessário saber uma língua e sua gramática, entretanto, nãosignifica saber as regras gramaticais decoradas, e sim internalizadas, saberentender frases, pois ao entendê-las provamos o domínio da estrutura da língua. Justificandoagora minha opinião em favor do autor devo salientar que ele deixa claro que oobjetivo da escola é ensinar o padrão e nisso as escolas têm ainda muito afazer, como é o caso da leitura, da escrita e reescrita de textos,interpretação e aperfeiçoamento da metodologia de ensino para eu estestrabalhos possam ser mais bem executados.NÃO EXISTEM LÍNGUAS UNIFORMES Parase ter uma visão mais adequada do fenômeno da linguagem é necessária saber quetodas as línguas variam e que cada variedade lingüística está diretamente ligadaà variedade social, justificando-se assim as diferenças da fala através dosfatores internos e externos. NÃO EXISTEM LÍNGUAS IMUTÁVEIS Todasas línguas mudam. Nem mesmo o latim foi uma língua imutável, tendo vindo deoutras línguas. Oautor sugere que algumas formas coloquiais sejam consideradas padrão e outras,hoje no padrão, por sua vez, sejam consideradas arcaicas, uma vez que não sãomais usadas no cotidiano. Achoum pouco extremista esta idéia, pois, os exemplos usados (como padrão) peloautor são perfeitos para a escrita padrão, porém acredito que os termos citados(hoje coloquial) possam ser usados naturalmente em qualquer variedade da línguasem sê-los considerados “erros”, porém, concordo quando o autor defende ahipótese de não ensinar as formas raras e arcaicas, pois, creio que tais formasnão contribuam de maneira direta no falar e escrever atual. Achamosque pessoas de diferentes classes sociais, regiões do país falam tudo errado,mas não percebemos que namaioria dos casos falam exatamente como nós, adiferença está nas características da fala que apesar de serem poucas, chamammais a nossa atenção; uma prova disto é a diferença de pronúncia. O que sepassa neste capítulo é a tentativa de provar que mesmo os que falam errado nãoerram tudo e sim o que falta é o domínio da língua padrão. As semelhanças dafala de uma variação da língua e outra são bem maiores que as diferenças. Nãoé necessário ensinar aquilo que já se sabe. Édesnecessário aprender a elaborar planos de cursos, com objetivos, estratégiascomo são apresentados nas faculdades ou nos cursos de magistérios, sendosugerido um bom levantamento do conhecimento prático de leitura e escrita queos alunos já atingiram e daí fazer um levantamento do que lhes falta aprender. ENSINAR LÍNGUA OU ENSINAR GRAMÁTICA Emmuitos lugares do mundo não há gramáticas codificadas e se fala sem elas: osgregos não tinham uma gramática; foi escrito e falado muito antes de existir aprimeira gramática grega. Umdos grandes problemas para não se ensinar gramática na escola está nos examesvestibulares e outros teste que são preparados com grande ênfase na gramática,entretanto, estes testes são preparados por professores que podem reestruturarsuas provas de maneira mais interessante, como a gramática aplicada em textos.



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