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Ser ou parecer: o que importa mais?
(Pablo Silva Machado Bispo dos Santos)

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Esta pergunta é daquelas que nos perseguem desde os primeiros momentos enquanto seres conscientes. A essência do que somos e a aparência que temos são inegavelmente dimensões importantes de nossas relações sociais e de nossa individualidade, mas afinal de contas fica a pergunta: qual dos dois importa mais? Ser ou parecer? Há os que defendem a idéia de que, de acordo com o sexo, o indivíduo estaria mais propenso a adotar uma ou outra resposta a esta pergunta. Exemplo disto podemos encontrar no estudo de Pierre Bourdieu chamado A Dominação Masculina, no qual este importante pensador ao longo de sua análise das relações entre homem e mulher em sociedade nos indica que a mulher é um ser do tipo: "Esse percipi", ou seja, um ser que forma sua auto-imagem a partir da percepção que os outros tem dela. Concordo em parte, pois entre os homens também é comum a valorização da próprioa imagem (qual homem o menos em sua juventude não parou para valorizar suas proezas junto aos amigos?). Na realidade, defendo a posição de que a resposta a esta pergunta não está no sexo da pessoa e nem na posição social que ela ocupa, mas sim na relação que esta cria entre si mesma e o mundo. Neste sentido cabe indicar que, aqueles que possuem uma vivência consciente desua dimensão interior, de seus valores éticos, filosóficos e estéticos geralmente tendem a atribuir à sua essência maior importância. Já os que não possuem esta vivência de conhecimento interior e de reflexão profunda, estes geralmente tendem a atribuir o maior valor à aparência e à opinião que os outros tem deles, pois sem exercitar seus mecanismos de avaliação de si próprios confiam quase que exclusivamente no conceito que os demais tem deles. Minha posição é a de que os valores internos e a vivência do auto-conhecimento deve ser encarada como prioridade, pois sobretudo em tempos como os atuais, os parâmetros estéticos de julgamento das aparências mudam muito e o que é elogiado hoje, amanhã é considerado no mínimo "demodé". Se a pessoa faz seu julgamento próprio com base no que pensa o público, a cada mudança, eis que a auto-estima vai embora. Sobre este assunto, cito a comparação que o Cristo faz entre o homem prudente e oinsensato, no sentido de dizer que o homem prudente edifica sua casa sobre a rocha e o insensato sobre o pântano. Vem a enchente e adivinhem qual casa é levada pela enxurrada? Em meu entender, auqele que dá mais valor ao que é, em termos de virtudes, qualidades e valores, é como o homem que edifica a casa sobre a rocha, assim vem as mudanças de opinião e padrões estéticos diferentes, e isto não abala a consciência do próprio valor. Assim, sem a menor sombra de dúvida defendo a idéia de que ser é muito mais importante do que parecer.



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