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Religião e fundamentalismo – A Paz Via Diálogo Inter-religioso
(Alexandre Amorim)

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AleOs últimosacontecimentos, envolvendo atentados terroristas nos últimos seis anos fezcircular como moeda corrente o termo fundamentalismo. O fundamentalismotornou-se chave explicativa para todasas ações de terror em todas as regiõesdo planeta. Terrorismo e fundamentalismo tornaram-se sinônimos. E o grande vilão, seria o fundamentalismoislâmico, visto como o principal responsável pela triste terça-feira de 11 desetembro de 2001. A expressão fundamentalismo a priori, é naverdade um pressuposto epistemológico que teve sua origem no protestantismonorte-americano. Surge em meados do século XIX e foi usado pela primeira vez em 1915 pelosprofessores de Teologia da Universidade Princeton, na publicação de uma pequenacoleção de livros com o titulo Fundamentals.Onde propunham um cristianismo extremamente rigoroso, dogmático e ortodoxo. Já no contexto católico, o Fundamentalismo échamado de Restauração ou Integrismo. Que dentre outras coisas, procurarestaurar a antiga relação entre o trono e o altar, o Estado e a Igreja. Existemduas vertentes de fundamentalismo católico: o doutrinário e o ético-moral. Ofundamentalismo doutrinário está representado pelo documento Dominus Jesus doano 2002, redigido pelo então prefeito da congregação para a doutrina da fé eatual Pontífice Joseph Ratzinger. O documento, segundo alguns setores da IgrejaCatólica, compromete todo o esforço de manter um dialogo ecumênico com outrasconfissões e contraria uma tendência ecumênica que vinha se cristalizando apartir do Vaticano II. Avertente ético-moral, está representada pela militância moralizante contra ospreservativos, o aborto, a masturbação, o homossexualismo e o divorcio. O Fundamentalismo, ao contrário do que amaioria pensa, não é uma doutrina, mas sim a hermenêutica desta. É uma forma dese interpretar e viver uma doutrina. É assumir a letra da doutrina sem cuidardo seu espírito e de sua relevância no processo histórico.4.O fundamentalismo IslâmicoHoje o islamismoocupa o eixo das discussões mundiais. Como a religião que mais cresce e queserá a maior religião daqui alguns anos.O islamismo original não é guerreiro nemfundamentalista. É tolerante para com todos os povos. (islã = total submissão aDeus)4.1. Parte do problema do choque de civilizações está no processocivilizatório ocidental e da globalização econômico-financeira, altamentecompetitiva e nada cooperativa. Citemosas cruzadas da igreja católica contra os muçulmanos, a política norte-americanaque maltrata as nações árabes, o financiamento norte-americano ao estado deIsrael para massacrar os palestinos e mais a fome, a miséria e o processo deexclusão pela qual as nações pobres passam. 5.Como conviver com o Fundamentalismo? Sóse vence o fundamentalismo com abertura, tolerância, com o principio “Não faças ao outro o que não queres que tefaçam”. Temosque trazer o fundamentalista para a realidade concreta e mostrar que ele não éapenas preto e branco, mas que há nuances, há matizes. No dialogo devemos enfatizar os pontos comuns e não as diferenças.5.1.Promover a paz entendendo que não ausência de guerra, mas que não pode haverpaz onde houver injustiça e discriminação. Saber que a paz não é imposta, mas construída. “culturas de paz”.5.2.Por isso urge que revisemos criticamente as nossas tradições religiosas. “Nãohaverá paz no mundo sem paz religiosa”. (Hans Kung). Precisamos esvaziar osconteúdos religiosos e entender que não é tempo de condenação, mas demisericórdia; que é necessário observar o modo como a igreja apresenta a verdade revelada.5.3.Em todas as religiões há um apelo para a paz. Amar acima de tudo e ao próximo como a si mesmoesta presente em todas as configurações religiosas. Ninguém que ama a Deus conseguira odiar seu inimigo. Precisamosde uma abertura para o outro como afirma a monja budista Coen, não existirnirvana individual desvinculado do cósmico.Conclusão: A paz começa norelacionamento interpessoal.São Francisco de Assis em 1216 foi ate o Papa Inocêncio III para dissuadi-lode fazer cruzada contra os muçulmanos.O Seráfico de São Francisco de Assis: I.Tomar a iniciativa e não esperar que os outrosvenham a nós. II.Confiar nos outros porque são irmãosIII.Conviver com os outros no trabalho na inserçãoem seu mundo.IV.Colocar-se como menores servidores e renunciar aqualquer pretensão de superioridade ou privilegio pelo fato de sermos cristãos.V.Antes de compreender que ser compreendido, amar que ser amado, efazendo-se sempre instrumento de paz.“Não é o terrorismo que vence o terrorismo, não é o ódio que vence oódio. É o amor que vence o ódio. É o dialogo incansável, a negociação aberta eo acordo justo que tiram as bases de qualquer terrorismo”. (Leonardo Boff)



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