O MENINO QUE FEZ O BRASIL CHORAR
(Wilzen)
Sob que aspectos entendemos violência? O que somos ou pensamos, ser capazes de fazer contra a violência? O Brasil ficou chocado com o brutal assassinato do garoto João Hélio estes dias no Rio de Janeiro. A criança foi arrastada no asfalto durante 7 km pendurada pelo cinto de segurança do carro de sua mãe, que havia sido roubado por elementos que fugiram em velocidade. A mãe do garoto não conseguindo soltar o filho a tempo, em desespero ainda tentou acompanhar o veículo já em movimento, vendo o momento em que a cabeça da criança se choca com o pneu do carro fazendo-a desacordar. Este fato comoveu o pais trazendo ao rosto de cada cidadão o semblante de indignação contra a violência que tem acometido o pais, em especial, o estado do Rio de Janeiro. Pedidos de paz e fraternidade são discursos no mundo inteiro, mas será que conhecemos realmente os atributos da paz para que possamos vivê-la? Somos condicionalmente levados a entender atitudes de paz como não matar, roubar, não agredir verbal ou fisicamente, não agir de forma agressiva não é mesmo? Mas até que ponto somos capazes de refletir em nós mesmos as atitudes da paz? Na verdade a paz que tanto buscamos não se concretiza em atitudes ou relatórios, leis e regras, embora pareça contraditório. A concretização da paz é um estado vivencial, não são fatos, os fatos são consequências de quem vive em estado de paz, ou seja, quem tem, possui PAZ! A vários tipos de violência e alguns são os principais ingredientes do desequilíbrio humano, por exemplo o ÓDIO, a GANÂNCIA, a LUXÚRIA, a OPRESSÃO, a DISCRIMINAÇÃO SOCIAL, a DESIGUALDADE. Não são violência estes itens para você? Qual o grande gerador, o motor que alimenta toda a sorte de distúrbios e atitudes de revoltas do homem para com o próprio homem? A verdadeira paz vai de encontro a tudo isto, contraria a sociedade atual e seu sistema político e ideológico de poder, por isto é tão difícil alcança-la e compreende-la É assim que vemos uma paz que está muito além do branco, além dos gritos e protestos formais de uma sociedade condicionada a refletir suas próprias conseqüências. A paz tem sua raiz no coração e na alma do ser, só esta paz tem o poder de mudar o ódio em amor, a discriminação em amparo, a ganância em partilha, a tristeza em alegria... infelizmente quando pedimos paz, queremos a paz que condena a morte, que vinga com as próprias mão, que julga sem misericórdia. Queremos paz, mas não queremos mudar nossas atitudes discriminativas, não queremos dividir o pão, nem muito menos dar oportunidade aos que não tem, não queremos mudar a nós mesmos! O garoto João Hélio foi mais uma vítima dentre milhares que marcaram o branco da paz com seu sangue. Enquanto lavar-mos as mão como Pilatos fez com Cristo, nós poderemos ser os próximos a ser erguidos na cruz da violência. Até o momento em que não reconhecer-mos o Cristo que vem de encontro as violências da alma humana para transforma-la e restaurar a verdadeira PAZ através de seu sangue, seremos sempre confundidos com a paz dos relatórios e do branco de nossas camisas manchadas pela dor dos que ainda se perdem.
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