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Orfeu da Conceição, Orfeu do Carnaval, Orfeu
(Vinícius de Moraes; Marcel Camus; Cacá Diegues)

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No carnaval, Orfeu, condutor de bonde e sambista que mora no morro, apaixona-se por Eurídice, uma jovem do interior que vem para o Rio deJaneiro. Ela está fugindo de um estranho fantasiado de Morte. Como no drama grego, o amor dos dois desperta o ciúme de Mira, ex-noiva de Orfeu. A peça estreou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, em 25 de setembro de 1956. O primeiro ato da peça surge em 1940 em Niterói, na casa de Carlos Leão: o poeta estava lendo um livro sobre Orfeu e começa a escutar a batucada que vem do Morro do Galeão. Tem a idéia de um Orfeu sambista de grande beleza interior, em busca de sua Eurídice, desejado pelas mulheres e invejado pelos homens. O segundo ato só foi escrito em Los Angeles, seis anos depois. O terceiro ato perdera-se em um viagem de volta ao Brasil, foi reescrito em 1953, com o apoio do poeta João Cabral de Mello Neto. A peça foi premiada no concurso de IV Centenário do Estado de São Paulo e o texto foi publicado na Revista Anhembi.Em 1956, Orfeu da conceição é montada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, com elenco predominantemente de negros. Seria na estréia um acontecimento: a primeira vez que um negro pisava no palco do Teatro Municipal. Orfeu era interpretado por Haroldo Costa; Eurídice era Dirce Paiva; Léa Garcia fazia Mira e Cyro Monteiro era Apolo. Os cenários foram de Oscar Niemeyer. Lúcio Rangel e Haroldo Barbosa apresentaram Tom Jobim a Vinícius, dando início à fértil parceria entre os dois. As músicas da peça eram Se todos fossem iguais a você, Lamento no Morro, Um Nome de Mulher, Mulher sempre Mulher, Eu e o meu Amor e a valsa Eurídice, feita em Paris, em 1953 para a filha Suzana. O texto de Vinícius de Moraes chega ao cinema com o filme Orfeu do Carnaval, uma produção franco-ítalo-brasileira de 1958. O produtor do filme, Sacha Gordine, exige que a partitura original da peça inclua canções inéditas. Surgem O nosso Amor, de Tom; Felicidade, de Vinícius e Tom; Manhã de Carnaval, de Luís Bonfá; Samba de Orfeu, de Bonfá e Antônio Maria. A direção do francês Marcel Camus conquista a Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1959 e o Oscar daquele ano como melhor filme estrangeiro. No filme de Cacá Diégues, o título é só Orfeu. “Baseado na peça Orfeu da Conceição de Vinícius de Moraes, mantém pontos de aproximação e distanciamento, que está muito mais próximo da ordem do diálogo do que de uma lei de pura e simples repetição, se é que isto é possível”, no dizer de Carlos Bernardi. Para Bernardi, Orfeu de Cacá Diégues não é mera passagem do drama teatral para o cinema: - Nada obriga o casal grego, uma vez consolidada a mudança para um morro do Rio de Janeiro, na década de 1950, a permanecer no mesmo morro, mesmo porque os morros já não são mais os mesmos. Podemos falar de Orfeu sem mencionarmos suas outras encarnações na grécia antiga e na peça de Vinicius. Cada encarnação, ao mesmo tempo, respeita as diferentes formas e significados históricos do amar e do sofrer, revelando a especificidade e singularidade do contexto em questão e, igualmente, algo da condição humana que é atravessada pelo desumano.Em 1983, aEstácio de Sávence o Carnaval como Tema de Enredo Orfeu No verso apaixonado de Orfeu Reina uma mulher somente sua Por este amor maior que o envolveuEnlouqueceu e vagou pela rua No amor ferido de Aristeu E o feitiço de MiraA amante abandonadaA dama negra a ele apareceuLevando para sempre a sua amada O morro emudeceu Explode a dor no peito de OrfeuE o poeta apaixonadoCanta ao céu desesperadoO grande amor que perdeu(Oh! Lua) Lua, oh! LuaMusa amada, branca e nua Quero lhe beijar e lhe dizer: Sou seuE você dizer sou toda sua Desceu do morroEnfeitou sua tristezaFez seu reino de belezaDas mágoas do seu coraçãoE este menestrel modernoProcura até no infernoA voz de sua razão(e vai)Vai aos orixás do CandombléDemonstrando sua fé Cai na orgiaPorém nada mas fascinaAo Pierrô sem ColombinaNa sua alucinação Morreu Orfeu Vencido pelo mal Mas há sempreUm Orfeu no Carnaval Marcus Vinicius de Melo Moraesnasceu em 19 de outubro de 1913 no Rio de Janeiro. Estudou direito no Rio e Literatura em Oxford. Ingressou na carreira diplomática em 1943, carreira que trocou pela de músico. Expoente da Bossa Nova, foi destacado letrista. Fez parcerias com Tom Jobim, Baden Powell e Carlos Lyra. Nos anos 1960, compôs Chega de Saudade, Insensatez e Ela é Carioca, com Tom Jobim; Samba em Prelúdio e Canto de Ossanha, com Baden Powell, e Você e Eu, com Carlos Lyra.. A partir de 70, faz com o violonista Toquinho aTarde em Itapoã, Regra Três e Como é Duro Trabalhar.Como escritor, lançou: O Caminho para a Distância (1933), Forma e Exegese (1935), Ariana, a Mulher (1936), Cinco Elegias (1943), Poemas, Sonetos e Baladas (1946), Para Viver um Grande Amor- Prosa e Poesia (1965), e Para uma menina com uma flor (1966), em prosa. Vinícius morreu aos 66 anos, no dia 9 de julho de 1980, no Rio de Janeiro. A Cia. das Letras editou Vinicius de Morais, O Poeta da Paixão de José Castello. http://www.tanto.com.br/viniciusde-morais.htm



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