BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


O Rio
(Marco Valente)

Publicidade
As nuvens estão pintadas de cinza, ao lado da janela que é minha e da qual faço a minha ligação aos dias que se atropelam.Na mesma cadeira, no mesmo lugar onde tantas vezes me vim a habituar estar, momentâneamente estou eu. Apenas eu.Não renego o Passado por mais que viva no Presente e anseie pelo Futuro, assim como não vivo nos dois extremos opostos temporais que ditam a nossa existência. Vivo hoje e agora, no Presente.No mesmo Presente onde, ao lado da janela que é minha, as pessoas se caçam e se estragam umas às outras, reflexo de tudo o que têm dentro de si que por sua vez também não presta porque alguém estragou ou simplesmente não soube embelezar.Enfeitadas, como àrvores de Natal ou belos presentes, tentadoras imagens de simpatia ou luxúria percorrem as vias e por vezes dão-me um encontrão, desculpando-se com um qualquer elogio que ignoro, marcando assim a minha característica forma de ignorar tudo o que me rodeia à excepção do que me ignora a mim.Atropelo-me eu próprio a cada dia que passa neste turbilhão pensante que me eleva a forma de sentir. Nunca só, nunca derrotado, iluminando as minhas proximidades com todas estas minhas intimidades.Não creio que algum dia entendas e que jamais compreendas o Rio que há em mim, esta forma de sentir sem fim, porque eu, enfim, serei sempre o que me propuserser e não a marioneta que o mundo me impuser.



Resumos Relacionados


- Nunca ( Poema De Amor)

- O Presente Precioso

- O Sentido!

- O Quanto Doeu

- Deus Eu E Você



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia