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O homem como resultado de sua interação biológica, psicológica e soci
(Teresa Cristina Rego)

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Partindo do conhecimento acerca da concepção sócio-interacionista, que visa a integração, numa mesma perspectiva, do homem como corpo e mente e enquanto ser biológico e social, concluiremos que o desenvolvimento das funções psíquicas humanas (a produção das idéias, das representações, do pensamento, enfim da consciência) está intimamente relacionada à atividade material e ao intercâmbio entre os homens, sendo os instrumentos técnicos e os sistemas de signos, historicamente construídos, os realizadores da mediação dos seres humanos entre si e deles com o mundo. A perspectiva histórico-cultural faz-nos compreender que os processos mentais mais sofisticados não são inatos, sendo eles originados das relações entre os indivíduos humanos e desenvolvidos ao longo do processo de internalização de formas culturais de comportamento. Diferindo, portanto, dos processos psicológicos elementares (presentes em crianças pequenas e animais), tais como, reações automáticas, ações reflexas e associações simples, que são de origem biológica. Entende-se assim, que as funções psicologicamente superiores são de origem sócio-cultural e emergem de processos psicológicos elementares, de origem biológica (estruturas orgânicas). Ou seja, as funções psicológicas superiores do ser humano surgem da interação dos fatores biológicos, que são parte da constituição física do Homo Sapiens, com os fatores culturais que evoluíram através da história humana. As características tipicamente humanas não estão presentes desde o nascimento do indivíduo, nem são simples resultado das pressões do meio externo, mas resultam da interação dialética do homem e se meio sócio-cultural. O desenvolvimento mental humano não é dado a priori, não é imutável e universal, não é passivo, nem tampouco independente do desenvolvimento histórico e das formas sociais da vida humana.O cérebro (base biológica do funcionamento psicológico) não é um sistema fixo e imutável, mas um sistema aberto, de grande plasticidade, cuja estrutura e modos de funcionamento são moldados ao longo da história da espécie e do desenvolvimento individual.Organismo e meio exercem influência recíproca, portanto o biológico e o social não estão dissociados. Sendo assim, para se compreender as formas especificamente humanas de pensamento, bem como as origens das atividades psicológicas mais sofisticadas, é fundamental um aprofundamento epistemológico que se foque primordialmente na relação entre a dimensão biológica - os processos naturais, como: a maturação física e os mecanismos sensoriais - e a cultural - mecanismos gerais através dos quais a sociedade e a história moldam a estrutura mental humana.



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