BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Orlando RIBEIRO (1911-1997)
(MariaNina)

Publicidade
Desde os anos do liceu o estudante Orlando Ribeiro foi atraído para o conhecimento da História, da Antropologia, da Etnografia, através do contacto, entre outros, com David Lopes, seu professor, e Leite de Vasconcellos. Mas, o alargamento de horizontes da Geografia como ciência é também resultado do seu espírito curioso e independente que o levou a manter ligações com cientistas de outras áreas, onde procurou alicerces de uma formação naturalista.   Aprendeu geologia trabalhando no campo com Fleury e colaborando mais tarde com Carlos Teixeira e Zbyszewsky.  As  questões de biologia, buscou-as na medicina através de amigos como Juvenal Esteves, Barahona Fernandes ou Celestino da Costa. Com eles partilhava também a inspiração universalista da literatura e da música, em autores como Goethe, Bach, Beethoven e Bruckner. Orlando Ribeiro doutorou-se em Geografia pela Universidade de Lisboa com a tese A Arrábida, esboço geográfico. Em 1937 seguiu para Paris como Leitor de Português na Sorbonne, onde viria a alargar horizontes com mestres como Marc Bloch, E. de Martonne e A. Demangeon. De regresso a Portugal em 1940, foi nomeado Professor em Coimbra e em Lisboa. Em 1943, fundou o Centro de Estudos Geográficos. Da sua intensa actividade se destaca, desde 1945, uma das suas obras de síntese mais conhecidas, Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico. A sua revista Finisterra, ainda hoje é um dos veículos editoriais mais importantes para a geografia portuguesa, a nível nacional e internacional.  A colaboração científica internacional foi marcante da actividade de Orlando Ribeiro. Em 1949 organizou em Lisboa o que seria, no pós-guerra, o primeiro Congresso da União Geográfica Internacional. Um professor, mas sobretudo um HOMEM de VISÃO que marcou muito a vida dos seus mestres e alunos, estes foram estimuladospara o intercâmbio com geógrafos estrangeiros, através de estágios e de viagens de investigação. As viagens, e os trabalhos delas resultantes, são o melhor testemunho da sua actividade como geógrafo. Elesrevelam as suas preocupações sociais com os territórios e povos estudados. A sensibilidade como fotógrafo, aliada à qualidade literária da sua prosa deste Viajante incansável, sobretudo em Portugal e Espanha na década de 40, e pelo Mundo fora entre 1950-1965, com destaque para o ultramar português. Orlando Ribeiro oferece-nos leituras de muitos lugares do Mundo em que a observação científica não se desliga da natureza como um todo, dos costumes, da arte e, sobretudo, do elemento humano. Orlando Ribeiro usou sempre de uma frontalidade que, se não diminuía o respeito científico que lhe era reconhecido, também nunca facilitou as suas relações com os órgãos de decisão, desde o Estado Novo ao período pós 25 de Abril. Por muito tempo teve, como resposta às suas opiniões, um invariável silêncio. Contrastando com o precoce reconhecimento a nível internacional, a difusão da sua obra e as honras oficiais, no seu próprio país, surgiram muito tardiamente. De Orlando Ribeiro que podemosrever toda uma época e experiência de vida através da sua rica prosa memorialística, recolhida e dada à estampa em: Orlando Ribeiro: Memórias de um Geógrafo (2003).



Resumos Relacionados


- Como Gostais

- Teófilo Braga

- Orlando: Uma Biografia

- As You Like It, Summary

- Viajar Para Orlando



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia