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Efeito Placebo
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EFEITO PLACEBOResumo de Sonia Mattos Agência FAPESP - A um grupo de voluntários foram dados comprimidos azuis e vermelhos. Depois, veio a pergunta: quem tomou um tranqüilizante e quais ingeriram estimulantes? Além disso, como alguns haviam recebido dois comprimidos, qual dose seria a mais eficiente? As respostas vieram antes de os participantes do estudo feito nos Estados Unidos saberem que todas as cápsulas eram feitas de farinha. Aqueles que tomaram duas pílulas em vez de uma não hesitaram em responder que receberam uma dose eficaz. Além disso, o vermelho esteve sempre associado com os estimulantes e o azul com os tranqüilizantes. Um placebo é uma substância inerte, ou cirurgia ou terapia de mentira, usada como controle em uma experiência, ou dada a um paciente pelo seu possível ou provável efeito benéfico. O por quê de uma substância inerte, ou falsa cirurgia ou terapia fazerem efeito, não está completamente esclarecido.Efeito placebo é o efeito mensurável ou observável sobre uma pessoa ou grupo de pessoas, ao qual tenha sido dado um tratamento placebo.Muitos acreditam que o efeito placebo seja psicológico , devido a um efeito real causado pela crença ou por uma ilusão subjetiva, ou seja, tudo está na nossa cabeça. Se acreditarmos que a pílula ajuda, ela vai ajudar. Ou nossa condição física não muda, mas nós sentimos que ela mudou. Medicamentos com princípios ativos também podem ter algum efeito placebo, apresentando efeitos terapêuticos diferentes do esperado. Por exemplo, um comprimido de Vitamina C pode aliviar a dor de cabeça de quem acredite estar ingerindo um analgésico. O placebo pode ser eficaz porque pode reduzir a ansiedade do paciente, revertendo assim uma série de respostas orgânicas que dificultam a cura espontânea:- Aumento da freqüência cardíaca e respiratória;- Produção e liberação de Adrenalina na circulação sanguínea; - Contração dos vasos sanguíneos.Essas respostas orgânicas são vantajosas para reações de fugir ou lutar contra agressores externos. Mas também prejudicam a cicatrização e o fluxo de leucócitos (elementos de defesa do organismo contra agentes infecciosos e substâncias estranhas) e são, portanto, prejudiciais para o processo de cura, sendo aqui o efeito placebo bastante útil.O efeito placebo pode ainda ser usado para testar a validade de medicamentos ou técnicas verdadeiras. Consiste, por exemplo, no uso de cápsulas desprovidas de substâncias terapêuticas ou contendo produtos conhecidamente inertes e inócuos, que são administrados a grupos de cobaias humanas ou animais para comparar o efeito da sugestão no tratamento de doenças, evitando-se atribuir possíveis resultados terapêuticos a tratamentos sem valor. Na comparação com placebo estabelece-se a validade de um medicamento ao compará-lo com os processos de cura espontânea ou por sugestão. O princípio subjacente é o de que num ensaio com placebo, parte do sucesso da substância ativa é devida não a esta, mas sim ao efeito placebo da mesma. Algumas vezes argumentos como o poder da mente ou a fé são usados para justificar a recuperação de pessoas doentes que não receberam nenhum tipo de tratamento convencional. Pois agora cientistas no Canadá apresentam evidências de que esse efeito psicológico é real - e de considerável magnitude -, pelo menos para aqueles pacientes que sofrem de mal de Parkinson. Num estudo publicado na revista científica Science, pesquisadores da Universidade da Colúmbia Britânica afirmam que o simples ato de receber algum tipo de tratamento (seja ele ativo ou não) pode ser eficiente, devido à expectativa de benefício que ele cria - o chamado efeito placebo. No caso dos pacientes com Parkinson, a crença em estar tomando algo realmente eficaz contra a doença causaria a liberação da dopamina, um mensageiro químico do cérebro envolvido no controle dos movimentos automáticos e involuntários do corpo. Os cientistas sempre acreditaram não existir nenhum tipo de resposta química do corpo ao placebo. Qualquer efeito seria apenas resultado de auto-sugestão.No entanto, ao examinar pessoas com mal de Parkinson que receberam placebo, constataram que a história não era exatamente assim. A reação física existe sim, apesar do medicamento não ter nenhuma substância que a provoque.Segundo pesquisadores, esses resultados podem ajudar a explicar por que pacientes que participaram de testes clínicos freqüentemente respondem melhor à terapia do que aqueles que têm a mesma doença e recebem o mesmo medicamento numa situação de rotina. Segundo alguns pesquisadores, o efeito placebo já foi constatado em três condições médicas: a dor (no caso do uso da vitamina C como analgésico), no mal de Parkinson (quando medicamentos inócuos provocaram uma reação nos movimentos automáticos e involuntários do corpo) e na depressão (uma simulação com uma pílula de farinha pode ser eficaz quando o paciente possui uma expectativa positiva em relação ao tratamento ou quando o organismo está condicionado a receber um determinado medicamento e reage da mesma forma ao receber o estímulo conhecido de um falso medicamento).Cientificamente, esses resultados levantam também uma nova questão ética: será que o efeito placebo poderia ser deliberadamente usado no tratamento de alguma doença? Pode ser que sim, mas tanto do ponto de vista científico como do ético, esta é uma pergunta difícil de responder.



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