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Londres, cidade violenta, sim!
(Sinésio Capece)

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Fui para Londres no mês de Setembro de 2006 assim como a grande maioria dos estrangeiros vai para aquela linda cidade, sendo movido por uma grande esperança de que lá seria possível viver uma vida digna, com humanidade e respeito, tanto das pessoas quanto do estado, das representações públicas e também das privadas.Logicamente que, ao nos programarmos para uma mudança de vida deste tipo nos calçamos numa enorme expectativa de que tudo será diferente, que tudo dará certo e que, em pouco tempo, com o trabalho reconhecido, será estabelecida uma estabilidade financeira suficiente para fazer uma boa pós-graduação numa excelente universidade britânica, bem como viver confortavelmente.No meu caso, diferentemente da enorme massa que decide por este caminho, preparei-me também nos aspectos da razão, cercando-me de meu passaporte italiano, devido minha dupla-cidadania, que me daria acesso à comunidade européia e, além disso, mas o mais importante, fui com suporte financeiro para minha manutenção por três meses e uma passagem de volta garantida, para o caso de dar tudo errado.Sem grandes luxos, fui morar num quarto de aluguel, uma espécie de pensionato, com outras oito pessoas, cada qual de um país diferente. Conheci vizinhos de quarto da Turquia, França, Iugoslávia, China, Rússia, Ilhas Maurício, entre outros. Descobri rapidamente ser o mais limpo e organizado de todos, uma vez que as áreas comuns da casa, tais como banheiros e cozinha eram mantidos imundos, tendo eu próprio que limpar tudo antes de poder usar qualquer destes ambientes.Nas ruas, os ônibus funcionavam maravilhosamente, assim como qualquer serviço público londrino, não tendo nem uma virgula a reclamar destes serviços. No entanto, as pessoas, dentro dos ônibus eram as mais porcas que eu nunca pude imaginar. Coisa comum em Londres é ver as pessoas comendo enquanto se locomovem de um local para o outro, largando os restos de seus alimentos e suas embalagens nos locais mais impensáveis, entre os preferidos, dentro dos ônibus que as levava. Assim, dentro do ônibus, tanto no chão quanto encima dos acentos, muito lixo podia ser encontrado, tanto que uma empresa de reciclagem de lixo que fizesse algum tipo de convênio com a empresa de ônibus, certamente ganharia mais dinheiro com o lixo que a própria, com o transporte dos passageiros porquinhos. Também dentro do ônibus podia verificar-se a violência latente, à espera apenas que alguém riscasse um fósforo, para que o rastilho de pólvora explodisse. Grupos de adolescentes, normalmente superprotegidos pelo estado, em deslocamento nos ônibus, utilizavam-se de altos tons de discussão e agressividade, no claro intuito de agredir os demais passageiros. Os britânicos, diplomatas de nascimento, só olhavam, incrédulos por uma, duas vezes e, se tivessem que olhar uma terceira vez, levantavam-se e desciam do ônibus, como ato de repúdio.Além disso, em minha estada naquela cidade, já era possível ver grupos que, durante a madrugada, depredavam os pontos de ônibus, que aliás, todos eles tinham recursos infinitos de informações que podiam te nortear para chegar a qualquer localidade de Londres. Pois os pontos de ônibus amanheciam estourados e incendiados. Eu próprio, num destes pontos, quase fui alvo de um saquinho de um líquido podre e fedido, que foi lançado de longe por um destes grupinhos, afim de atingir o ônibus que passava.Num bairro ao sudeste de Londres chamado Croidon, parado por alguns minutos num cruzamento principal em final de tarde, assisti diversos grupos de adolescentes que iam e vinham pelas ruas, cruzando uns grupos com os outros, ameaçando-se mutuamente e espertos, ficavam atentos à qualquer possibilidade de praticarem um furto, um roubo ou qualquer tipo de agressão gratuita. Foi preciso que algumas viaturas de polícia investissem sobre os diversos grupinhos para persuadi-los a deixar o local que, fato ocorrido, reinou a tranqüilidade.Identificada a violência latente naquela cidade, entre outras questões identificadas, percebique Londres não é muito diferente das cidades mais violentas do mundo e, se não é ainda, certamente vai ficar.Assim, apenas dois meses passados, voltei para casa!



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