DESAGREGAÇÃO FAMILIAR E DELINQUÊNCIA INFANTO-JUVENIL
(Iglesias Fernanda de Azevedo Rabelo)
No site jurídico JUS NAVIGANDI li um artigo, na verdade uma reflexão, a respeito da desagregação familiar como causa da delinquência infanto-juvenil. Apesar da conotação jurídica, a autora trata também dos matizes sociais da questão. O mais importante é que a produção deste trabalho é conseqüência da necessidade imperiosa que a realidade e seus fatos nos impõem de refletir sobre o papel , a importância e o futuro da família no desenvolvimento do indivíduo e da sociedade. Será que a família monogâmica tradicional pode ser substituída por outro organismo ou entidade em seu papel de transmitir a herança de valores, na formação do caráter, na educação, no seu papel de dar afeto e proteção aos descendentes, e outras inúmeras atribuições que lhe são inerentes? O grande número de separações e dissoluções de casamentos deve ser considerada como uma conquista libertária do indivíduo moderno ou como sintoma e sinal da desagregação e destruição da família monogâmica tradicional? Virtude ou desastre? Os valores como verdade, fidelidade, respeito, limites, a palavra cumprida, reconhecimento, honestidade, decência, respeito e observação a direitos, DEVERES e autoridades, devem ser considerados retrógrados e portanto grilhões que impedem que o ser humano seja livre e feliz? Uma família sadia, feliz, em queseus cônjugues se amem e se respeitem, e que tenham condições materiais para viver, e estejam juntos não é mais o lugar onde esses valores devem ser transmitidos ao indivíduo desde seu nascimento? Ela pode e deve ser substituída? Pelo quê? Como, a nível de superestrutura, os poderes e instituições podem e devem defender a família e seus valores tanto espirituais como materiais? Quais os elementos que destroem a família? Quais as conseqüências dessa destruição? Creio que devemos suscitar o debate sobre esse tema e não deixar passar a vaga de indignação deixada pelos acontecimentos recentes no Rio, assim como também não permitir que o debate sobre a redução da maioridade penal seja esquecido como quer o governo e seus satélites. Não é emoção, mas a própria realidade através dos fatos nos cobrando, para que não vejamos coisas piores que o caso de João Hélio, pois não se espantem, existem sim coisas piores que a imprensa não noticia como assassinato de famílias inteiras com requintes de crueldade e tortura, principalmente nos morros e favelas do Rio, praticados por menores sob ordens de maiores do tráfico que conhecem bem a lei e suas brechas. Mas esse é outro tema...
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