Jornalistas Estrangeiros Expulsos em Cuba (Agência EFE - 24/02/2007)
(Steve Rogers)
Será que o regime Cubano é realmente exemplo de democracia e de justiça social, tal como os movimentos socialistas costumam apregoar? Abaixo segue uma notícia que nos mostra um pouco do que Fidel Castro entender por liberdade de expressão: Paris, 24 fev (EFE) A organização Repórteres Sem Fronteiras(RSF) protestou hoje contra a decisão das autoridades cubanas deretirar as credenciais de dois correspondentes estrangeiros e suarecusa a conceder visto a um terceiro. No dia 22, Cuba conferiu ao espanhol César González-Calero,correspondente do diário mexicano "El Universal", e ao americanoGary Marx, do "Chicago Tribune", a condição de "persona non grata"na ilha, e nesta sexta-feira negou um visto ao correspondente da"BBC" Stephen Gibbs, denunciaram os RSF em comunicado divulgadohoje. "Quando as autoridades (de Cuba) não reprimem os jornalistascubanos independentes, se dedicam a atacar os correspondentesestrangeiros. Está muito clara a razão destas expulsões: é difícilpara o regime cubano entender que a imprensa não é um instrumento depropaganda", afirmou a organização. Os RSF acrescentaram que o regime cubano "deve saber que aimprensa estrangeira, assim como a imprensa da ilha, não está alipara gostar do Governo". A credencial de Gary Marx, correspondente em Cuba desde 2002 e umdos poucos jornalistas americanos em Havana, foi revogada pelasautoridades cubanas porque seus artigos eram "muito negativos",afirmou a ONG. Disseram ao jornalista que ele já estava há "tempo suficiente" nopaís, e lhe deram 90 dias para deixar a ilha com sua família,acrescentou a organização. Segundo os RSF, o jornalista americano afirmou que, de qualquermaneira, pensava em partir de Cuba em meados de junho, quandoterminaria o ano letivo de seus dois filhos, de 8 e 10 anos. De acordo com a organização, as autoridades cubanas disseram aMarx que estudariam o pedido de credenciamento de outrocorrespondente do "Chicago Tribune". González-Calero, residente em Cuba desde 2003, perdeu suacredencial porque sua forma de abordar a situação cubana "não era amais agradável para o Governo cubano". As autoridades cubanas determinaram que o jornalista não devevoltar a escrever, decisão que vale a partir de quarta-feira. Roberto Rock, vice-presidente do "Universal", disse que apublicação apresentará uma queixa oficial ao Governo cubano,informaram os RSF. A organização defensora da liberdade de imprensa lembrou que, aolongo do ano 2006, as autoridades cubanas rejeitaram setejornalistas estrangeiros, e expulsaram outro da ilha. EFEAgencia EFE O problema maior´e que esta conduta começa a existir também em Paísis que se dizem democráticos, e que não possuem governos com o mesmo nível de repressão de Cuba. Devemos nos lembrar do caso do repórter do Jornal Washington Post que teve o visto de permanência no Brasil caçado ainda no primeiro mandato do Presidente Lula. E aí fica a paergunta: existe liberdade de expressão em um regime "à esquerda?" Receio que muito dificilmente. Este texto mesmo, cuja análise coloco agora para todos os leitores, caso fosse produzido em um jornal do Brasil dificilmente seria publicado. E aí cabe a pergunta: isto lembra uma democracia? E mais, se não vivemos no Brasi em uma democracia, em qual regime político vivemos?
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