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A Favela Pelo Mundo
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A FAVELA PELO MUNDO
Texto de Sonia MattosNo princípio foi a agricultura irrigada que deu origem às primeiras aldeias nas planícies dos grandes rios Tigre e Eufrates, na Mesopotâmia. Veio o surgimento do bronze substituindo a pedra na manufatura de ferramentas e armas. As cheias anuais dos rios traziam duas conseqüências: irrigavam a terra, tornando-as férteis, mas também as inundava, criando pântanos e trazendo animais ferozes como os crocodilos. Havia a necessidade de cooperação entre os homens para drenar os rios e construir diques. A população das aldeias crescia. A produção também. Era necessário criar depósitos de armazenamento para o excedente produzido, centralizar as tarefas, administrar os trabalhos, erguer templos de adoração aos deuses e praças de comércio (trocas de mercadorias). Surgiram as cidades e nelas, as primeiras profissões especializadas: artesãos, joalheiros, ferreiros, mercadores. Crescendo, as cidades necessitavam de novas profissões, novos centros de consumo, organização política, intercâmbio econômico. As pessoas começam a ser classificadas de acordo com sua função. Surge a desigualdade e a insatisfação social. O espaço torna-se pequeno para abrigar confortavelmente cada núcleo social. As transformações nas relações de trabalho no campo e as migrações provocam um crescimento desordenado das áreas urbanas. As pessoas passam a ocupar todos os lugares disponíveis e aquelas que não têm poder aquisitivo para adquirir um imóvel, parte para a invasão de áreas desocupadas, gerando uma urbanização da pobreza. As ocupações foram se tornando desordenadas, irregulares, gerando cidades inchadas e sem infra-estrutura para garantir as necessidades básicas dos cidadãos. Hoje somos pouco mais de seis bilhões de pessoas vivendo no planeta. Algumas pesquisas apontam para a existência de aproximadamente duzentas mil favelas espalhadas pelo planeta, abrigando, hoje, cerca de um milhão de pessoas. Daqui a trinta anos será o dobro: dois bilhões de seres humanos vivendo abaixo da linha de pobreza. As favelas caracterizam-se pela mistura de etnias, costumes, culturas e naturalidades. Para seus moradores, são a única opção de sobrevivência, mas para eles, via de regra, não existem títulos de propriedade, ordenamento nas construções nem assistência do Estado.Os riscos ambientais são inúmeros, como a exposição a resíduos tóxicos, falta de saneamento básico e segurança. Faz parte da realidade destes moradores marginalizados, a informalidade, o desemprego, a criminalidade, o crescimento do fanatismo religioso e da disseminação de doenças. Sem dados estatísticos precisos, mas olhando-se friamente para o que acontece pelo mundo afora, é de se concluir que a sociedade, na figura de cada cidadão deve fazer a sua parte, assumindo responsabilidades, mas sem investimentos maciços dos governos em humanização (e inclua-se aí a educação, a saúde, a segurança pública e a geração de empregos), urbanização e no desenvolvimento social, não haverá reversão para esse quadro de caos que se instala nos grandes centros urbanos.



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