A União do Corpo com a Alma - Capítulo 2: Blaise Pascal
(Pablo Silva Machado Bispo dos Santos)
Este é o segundo resumo da série de filósofos que trataram do tema da união do corpo com a alma. Lembrando que no último deles apresentarei minhas modestas conclusões pessoais a respeito do tema, a partir de uma posição filosófica própria, mas que não deixa de dever a grandes homens de gênio sua influência. No presente resumoapresentarei a parte da filosofia de Blaise Pascal que procura explicar como se dava esta relação. Pascal escreveu uma obra (talvez a única) intitulada Pensées (Pensamentos). Nesta, procura demonstrar a possibilidade de utilizar a filosofia como instrumento para o alcance da felicidade, e como meio de reavivar a fé. No âmbito desta importante obra, toda constituída de pensamentos colocados em forma de aforismos, um dos elementos que mais chamam a atenção é a questão da alma imortal, unida ao corpo mortal. Para Pascal, a alma imortal se uniria ao corpo quando ocorre o nascimento do sujeito e se criaria juntamente com o corpo sendo então unida a ele (e esta união para ele se dava por intermédio da vontade divina diretamente concretizada no nascimento). Nesse sentido, cabe indicar que duas manifestações da alma eram percebidas por Pascal, as quais ele denominou Esprit de Geometrie ( Espírito de Geometria) e Esprit de Finesse ( Espírito de Sutileza). Por intermédio destas duas funções, a alma se manteria junto do corpo, animando-o como se este fosse uma marionete. Quando ela aciona o Espírito de Geometria, o homem raciocina, calcula e delibera o que diz respeito à técnica, arte, ciência e filosofia. Quando a alma aciona o Espírito de Sutileza, o homem acaba por se utilizar da sagacidade, da inteligência prática e demais qualidades que nos permitem atuar no mundo social, em nossas relações com os demais homens. Quanto à localização da alma, Pascal afirma que esta encontra-se ora na cabeça, ora no coração, dependendo da faculdade (ou Espírito, se preferirem) que irá acionar em cada momento. Eis então a perspectiva Pascaliana no tocante à junção entre alma e corpo. Devido a isso, ele cunha sua mais célebre frase: "O Coração possui razões que a razão desconhece". Frase criada para ilustrar o fato de que não somente a dimensão racional era objeto de ação da alma, pois esta conforme vimos antes posuia duas funções distintas e interligadas. Tenho bem claro em minha mente a idéia de que, mesmo mostrando as fontes, e as passagens de onde foram retirados os dados realtivos às obras de tais filósofos, algumas pessoas ainda assim continuarão a atacar o abstrato, especialmente por causa da identidade do autor. Não há problema de mnha parte, pois seria necessário neste caso uma verdadeira sessão mediúnica de desobsessão (como diriam os espíritas) para tornar menos furiosas certas pessoas. Como este não é meu objetivo, peço desculpas a vocês leitores caso apareçampalavras de baixo calão a respeito de mim ou dos resumos que neste momento apresento ao púlbico, que é objeto de meus esforços. Por último, agradeço novamente a Magnus Amaral Campos, cuja obsessão em me perseguir, ao invés de me causar raiva, trouxe-me mais vontade de esclarecer as pessoas e ensiná-las a separar o joio do trigo quando o assunto é o conhecimento humano e a filosofia.
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