A união da alma com o corpo - capítulo 3: G.W. Leibniz
(Pablo Silva Machado Bispo dos Santos)
Gottfried Wilhelm Leibniz, eis o nome de mais um dos filósofos que trataram da união do corpo com a alma. No presente resumo, abordo a parte de sua filosofia em que trata da união do corpo com a alma. Este filósofo fou um ás da matemática. Inventor do cálculo de inifinitésimos quepermitiu à humanidade sair da aporia de Zenon (em outro argito tratarei deste tema)possuia uma posição idealista muito interessante,segundo a qualacreditava que existiam no plano concreto "sementes divinas" das idéias perfeitas (mônadas) as quais se encontravam no interior de todos os seres. Para este filósofo, a alma se ligava ao corpo por intermédio da "Mõnada", já que a alma habitava no interior de tal mônada, que possuia a forma exata do corpo humano, no caso do homem. Esta mônada por sua vez ao envolver a alma, possibilitava ao corpo reagir como se o corpo fosse o próprio homem. Ao morrer, a mônada se libertava do corpo e a alma, liberta da mônada poderia voltar ao universo para se unir ao todo cósmico de onde havia vindo. Na perspectiva idealista de Leibniz vamos encontrar ainda uma referência interessante a Deus. Para tal filósofo, Deus não se encontrava nem acima nem no mesmo plano que a criação, mas antes em uma posição ortogonal a esta, caso a criação estivese dentro de um sistema de eixos como sistema cartesiano. Neste sentido, atribuía à alma uma procedência divina direta e uma junção mediada com o corpo, utilizando-se para isto da mônada (algo como uma idéia pura platônica). Deste modo, vemos em Leibniz a defesa da idéia de que a alma é ainda mais pura que a mônada e que o corpo, e que sua ligação com estes era tão profunda que as reações do corpo imitavam com fidelidade cada impulso da alma. Esta idéia retoma muito mais adiante e até mesmo movimentos religiosos (como o movimento espírita por exempl) irão retomar a perspectiva idealista de Leibniz, o qual explica minuciosamente em suas obras o processo de junção entre corpo, mõnada e alma, concebendo (assim como Descartes) o homemcomo um perfeitomecanismo cósmico.
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