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Suicídio de adolescentes no Japão
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Ultimamente você lê os jornais japoneses e tem vontade de chorar. Quando decidimos eu e meu esposo virmos para cá pensamos que morar em um país como o Japão seria muito bom tanto economicamente quanto ao nível cultural e espiritual. E realmente foi. Infelizmente ao lermos os jornais do dia sentimos um aperto no coração quando a cada página se fala em suicídios de menores. E os pais nunca sabem o motivo... Uma criança é criada com tanto afeto e carinho, mas digo isto por nós brasileiros que temos aquele orgulho de nossos entes queridos. O Japão cai numa trajetória em que o dinheiro supera qualquer expectativa de vida, qualquer mestrado ou qualquer que seja uma viagem em família. Em cada casa de japonês de classe média você encontra um aparelho de televisão em cada quarto, cada um tem seu veículo de transporte, seu telefone, enfim se for uma família de 6 pessoas, são 6 televisores, seis carros etc. Mas podemos observar outro panorama que é o filho (a) entrar para o ensino médio e ir morar sozinho, ou mesmo residindo na mesma casa, quase não se encontram ou se falam, muito menos discutem sobre seu dia-a-dia, suas dúvidas na escola ou trabalho ou em seus relacionamentos com os amigos e namorados (as). E isso pode se chamar de família? Pois chegamos ao ponto mais interessante desta matéria. O que as crianças japonesas de 12-13-15-16 anos pensam sobre o que é viver? Pensamos que elas estão em conflito consigo mesmas porque seus familiares estão muito mais interessados em fazer dinheiro não importando os meios. Suas mães têm de ter bolsas Vuitton, maquiagem Chanel, para exibir-se para as amigas, e seu pai tem que ter o carro do ano, vestir-se com ternos caros e sair todos os dias após o trabalho para beber com os amigos, e quando retorna ao lar todos dormem. Melhor assim, pois não precisa sentar-se à mesa para o jantar, falar dos problemas que o filho enfrenta na escola, ou ainda sobre a conta do gás, ou se o chuveiro não sai água. Assuntos muito insignificantes, corriqueiros, porem essenciais para aproximar uma família. E assim irão se distanciar cada vez do crescimento e desenvolvimento familiar. Sobram apenas as migalhas para essas crianças carentes de uma palavra que a oriente, ou conforte-a. Sobra apenas a dor de estar só em plena adolescência e seus conflitos psicológicos são resolvidos tirando a vida de um amigo ou mesmo a própria. Pergunto-me até quando uma situação econômica poderosa é importante para o ser humano que cada dia almeja mais dinheiro e poder, não importando os meios ou os resultados. Em que ponto desejamos chegar se quase não temos mais matas a dilacerar. Se nossos rios estão tão poluídos que em cinqüenta anos não teremos mais o que beber. Se já não temos mais um amigo que não queira apunhalar para conseguir seu cargo na mesma empresa. Se os filhos se suicidam por falta de amor?



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