Folha de Sao Paolo
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Quem a tira Primeiro Em toda mídia nacional, falada, escrita,televisada, e meios políticos ou até entre os comuns mortais. Virou moda agora (novamente), o debate sobre a idade penal, no ca- so a maioridade penal, ou seja: Menores de idade que praticam crimes de maior violência teriam baixados a idade em que seriam responsáveis por seus crimes. Ora! 1º Sabemos que, o estado não fiscaliza a si, nem aos seus contribuintes mais abastados ou prestadores de serviços. 2º Não cumpre leis já existentes, nem funções elementares que amparam o cidadão. 3º Sabemos que grande parte do recrutamento de jovens pelo crime, se da nos guetos de miséria e má formação, por organizações que ai estão muito mais presentes, com ofertas imediatas e mais generosas, do que o poder público. Isso sem entrar no mérito da discussão legal, porque não entendo de leis nem de salsichas, emendas constitucionais, decretos etc. Mas, de gente eu conheço. Afinal faço parte da espécie, ainda que mal acabado, mas faço parte. Imagine uma comunidade onde: O estado não leva saneamento básico adequado. O estado não leva educação adequada. O estado não da condições de moradia adequada. Some-se a isto o desemprego, a falta de saúde, o transporte público deficitário. Imaginou? Ta bom, você já ta careca de saber, e eu já estou careca de saber que você já sabe, etc. Só martelo isso, pra chegar ao ponto que acho que, tem pouco de cabelo. . Agora, imagine um camburão da policia, os soldados descendo batendo portas de viaturas, chutando portas de barracos, metendo arma na cara de todo mundo. . Pois bem este policial que chegou agora, representa o estado (para o morador) é preposto do estado que, anos e anos deixou-o desampara- do. Não tem como a comunidade ser solidária com esta polícia nem com o estado. Não por vingança, mas pela desconfiança, por ver a opulência nos meios políticos e classes abastadas, por ver a policia como classe minada pela corrupção e ter consciência do desleixo a que foram relegadas. E sem a participação da comunidade, qualquer tentativa de ação do estado, não passa de pilheria. E tem mais. Diminui-se a idade penal para que, por exemplo: O rapaz de 16 anos passe a responder e ser condenado pelo crime que cometeu.Pois bem. Essas mesmas organizações que guinda ao crime, o ago-ra menor de 18 anos, passaram a catequizar os menores de 16, e de-pois de 15, ou 14 anos, assim por diante. Podemos prever então: O estado baixa a idade para condenar, e ocrime baixa a idade para recrutar seus soldados. Por fim, chegar-sea ao ponto em que, a criança ao nascer já estará sendo disputada, deum lado pelo poder público, de outro pela criminalidade. E assim resta saber, quem dará mais.Imagino, quando num berçário as crianças na hora de serem ama-mentadas, chegarem os policiais: - O merentisimo mandou buscaro bebe do berço 318. E ao mesmo tempo chegam a bandidagem, deH.K.Pistolas automáticas, A.R.15, gritando:- Deixem a criança queela é nossa, nós vimos primeiro.Quem ganhara este jogo?O perdedor nós já sabemos. É o povo.Façam suas apostas.
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