Resumo de Alegre Envelhecer

Alegre EnvelhecerComo estão os idosos? Como são tratados os seus problemas de saúde? São questões muito pertinentes na sociedade actual. Com a alteração do conceito de família, com a inevitável chegada da idade da reforma, os idosos vêem-se na iminência de ficar dependentes de uma família com cada vez menos disponibilidade para os apoiar. Ir então para um lar pode ser a questão. O círculo familiar fica então mais pequeno. Sobra pouco espaço para os idosos porque há poucos descendentes para tomar conta deles e eles próprios têm cada vez menos netos a quem contar histórias e levar ao parque. Preconceitos criados acerca dos idososA imagem que possuímos dos idosos tem vindo a mudar devido ao avanço das tecnologias na área da saúde proporcionando uma elevação da esperança de vida de vida, o “novo idoso” é influenciado por hábitos saudáveis. Não é apenas com a saúde física que o idoso do século XXI está mais cuidadoso. Ciente de que o corpo e a mente estão muitos associados, eles buscam manter ambos em actividade, como voltar a estudar, fazer cursos de informática, hidroginástica, teatro, jardinagem, etc. Podemos observar um ser humano um ser humano activo e participativo no seu quotidiano, seja em tarefas profissionais, laborais, académicas ou quaisquer outras! Que satisfação constatar que muitos envelhecem cronologicamente, mas permanecem sujeitos activos da sua existência, contribuindo em benefício próprio e para o desenvolvimento de outros que vivem à sua volta! Melhor ainda seria que a maioria dos idosos percebessem, e/ou tivessem oportunidade de perceber, as vantagens de um envelhecimento dinâmico e saudável! Muitos até gostariam mas, por diversas circunstâncias, são privados de viverem activamente o seu envelhecimento de uma forma mais alegre e activa.Para alguns, a ausência de doenças ou patologias pode corresponder a um envelhecimento bem-sucedido. Outros pensam mais no lado económico-financeiro do idoso. Pela natureza bio-psico-social do ser humano, considera-se um envelhecimento bem-sucedido todo aquele caracterizado pelo bem-estar físico, psíquico e social da pessoa que envelhece, de maneira equilibrada, sem descurar a sua participação/actuação nos grupos dos quais faz parte. Se o idoso sente-se bem, participa e actua dinamicamente no seio da família e em sociedade, podemos dizer que “saboreia” um envelhecimento bem-sucedido! Pode estar desligado, por força da reforma, das suas actividades profissionais principais, mas pode encontrar outros ofícios e afazeres, que também lhe sejam atraentes e interessantes. As repercussões psicossociais na saúde e satisfação de vida das pessoas idosas, deste marcador social de entrada na velhice que é a reforma, são difíceis de prever. Podemos imaginar que as pessoas se mantêm mais saudáveis e integradas, esconjurando a solidão e o estigma do ser velho, para fases muito tardias e próximas da morte, ou pelo contrário que as pessoas arrastam penosamente nos seus se trabalhos, porque isso é essencial à sua sobrevivência económica, mas o fazem sem lucros psicossociais claros.No futuro, haverá mais idosos, sobretudo muito idosos que serão mais educados, e exigentes, constituindo um desafio aos profissionais que trabalham nesta área que têm que planear serviços para pessoas que não dispensarão as tecnologias para o seu bem-estar, que tolerarão cada vez menos respostas massificadas às suas necessidades e que, quando doentes, exigirão recursos especializados de apoio, simultaneamente sofisticados e humanizados, colocando novos dilemas éticos e fazendo apelo a boas praticas profissionais. Talvez seja este um dos motivos para que existam tantos estereótipos negativos acerca dos idosos ainda hoje.

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