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João Hélio e o Boneco de Judas Nosso de Cada Dia
(Lúcio Jr)

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Há alguns meses, vi um programa televisivo em que profissionais de várias áreas debatiam o problema da insegurança no País. Um professor comentava que em seu tempo de criança, numa cidade do interior, as casas ficavam abertas, a bicicleta era deixada na rua e ninguém mexia. Hoje tudo mudou para pior, tanto nas grandes, médias e pequenas cidades.O referido professor comparou Capitães de Areia (1938) de Jorge Amado e Cidade de Deus, de Paulo Lins (2003). Comparando os romances, o segundo transformado em um bem sucedido filme, o professor notava o que eram os menores de rua na Bahia de Jorge Amado e aquilo em que se transformaram os pivetes do Rio de Janeiro contemporâneo. Devemos ressaltar que, também nas pequenas e médias cidades brasileiras, a violência está à solta. E nós, brasileiros, regredimos enquanto civilização. Bom Despacho sente as conseqüências desse retrocesso da civilização brasileira, que regride em bons costumes e valores enquanto avança em termos de tecnologia e acesso a bens de consumo. É esse conflito, e não uma praga ou maldição irracional, o que explica o crescimento da violência na cidade. Problemas epidêmicos das grandes cidades, tais como furtos de toca-fitas e CDs, contagiaram Bom Despacho; existem também os crimes que permaneceram eternamente sem solução, tais como o assassinato de Isabel no São José alguns anos atrás. Lembremos também as promessas que não são cumpridas pelos políticos, e que os cidadãos deixam de cobrar. Citemos, por exemplo, o asfalto e o saneamento básico que falta a tantos, mas pelo qual pagamos altos impostos. O mais triste é violência oculta, cotidiana, a da falta de solidariedade: recentemente, uma criança de dois anos, filha da Lili da Ana Rosa, teve o dedinho esmagado por um cavalo que andava solto próximo ao NEI, região onde os cavalos, cães e outros animais andam como na natureza. Consta que o dono recusou-se a prestar socorro, o que obrigou a criança a pedir socorro desesperada, entrando na frente de um carro. A criança encontra-se em estado de observação, mas existe risco de amputação do membro afetado, risco que muito tem transtornado a família. Concluindo, fica a mensagem: vamos fazer alguma coisa, além de nos solidarizar com o sofrimento de um João Hélio morto, colaborando e ajudando a minorar o sofrimento daqueles que estão próximos a nós e que, muitas vezes, acabam também malhados como “bonecos de Judas”.



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