Amazonas - A Série
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Considerações arespeito da série: A causa principal da revolta dos coroneis seringueiros foi mesmo o acordo da Bolívia com os Estados Unidos no qual a Bolívia arrendava todo o Acre, concedendo 50 por cento dos direitos da borracha que sair com destino para qualquer parte da dita nação pelo prazo de dez anos. Na verdade, quem estava por trás desse acordo que destruia o comércio normal do produto pelos coroneisbrasileiros era Theodoro Roosevelt que fundou a dita companhia e pôs seu filho de 17 anos, Theodoro Roosevelt Junior, como testa de ferro, na direção do The Bolivian Syndicate of New York City In Nort America. Mais tarde, o ex presidente iria fazer a famosa espedição para a região com Rondon. A outra consideração pertinente foi a de que os revoltosos lutaram por um estado independente, não sendo intenção de entregá-lo ao governo do Brasil, que sempre tinha defendido o governo boliviano. Plácido de Castro em carta a Joaquim Victor - vice presidente nos tempos de Galvez e quem o destituiu do cargo - dizia: Julgo que para fechar de vez a porta a qualquer intervenção do Brasil na política acreana, esse governo (revolucionário) deve baixar um decreto declarando os limites desta república. E continuava: É conviniente também mandar uma pessoa de confiança ao Rio de Janeiro para protestar contra a intervenção do Brasil e dar publicidade comprobatória a tudo, quanto a flotilha tem feito aí, bem como da conduta criminosa do governo do Amazonas que se tem servido da frotilha... Um documento que sobreviveu ao tempo, a comunicação ao governo do Paraná da instalação do Estado Independente, diz:Estado Independente do Acre - Cidadão Governador do Estado do Paraná - Achando--se a ocupação boliviana nesta região circunscrita a Porto Acre foi esta guarnição atacada a 15 do corrente e vencida depois de nove dias de fogo, rendendo-se à revolução o delegado boliviano e dois batalhões sobre as suas ordens. Extinto desta forma o domínio boliviano no Acre, fui aclamado governador deste Estado pelos meus concidadões civis e militares, função que exerço conjuntamente com a de Comandante em Chefe do Exército em operações, a que tenho a honra de vos comunicar. Saúde e Fraternidade . Casa do governo em Porto Acre, 31 de janeiro de 1903. Plácido de Castro. Finalmente, no dia que Plácido entregou pacificamente seu país ao Brasil, assinou uma carta patente nomeando Joaquim Victor - seu braço direito - com a patente de coronel. Que mistério está por trás desta nomeação, aliás justa, já que Joaquim Victor fora um dos baluartes, tanto como idealista como financiador da revolução? Seria o reconhecimento a um amigo? Penso que não, já que ele colocou uma retroatividade a setembro de 1902. Plácido estava convencido que os principais líderes da libertação do Acre seriam reconhecidos - e pagos - pela pátria ese imcumbiriamde incorpora-los ao exército brasileiro. Maso Brasil ignorou-os. A única honraria militar que foi oferecida a Plácido de Castro pelo presidente Afonso Pena foi o oferecimento de uma nomeação de coronel da GuardaNacional, prontamente recusada por Plácido. Até ser assassinado Plácido foi coronel seringueiro no Alto Acre. E curiosamente, vendia sua produção para a Bolívia que tinha menos impostos e pagava melhor. Escreveu um livro - com o brazão do Estado Independente- sobreo Rio Acre que tanto amou e lutou.
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