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Se a minha casa pegasse fogo, eu salvaria o fogo
(Edmond Blattchen; Jean-Yves Leloup)

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Pode-se ler tão rapidamente este exemplar da coleção de bolso Nomes de Deuses, entrevistas a Edmond Blattchen com Jean-Yves Leloup com o título citando Jean Cocteau de Se a minha casa pegasse fogo, eu salvaria o fogo e tirar tanto proveito da leitura para deixar para trás velhas concepções religiosas de que a ortodoxia é um castigo que dói na pele do homem, para compreender que a religião se revela para aqueles que a tratam como experiência contínua, ortodoxa, esperada. É sobre a necessidade de integrar-se os nomes dos deuses no século XXI, e isto se dá através da compreensão de que há muitos mestres em contato superior com a força criadora da terra. Através de algumas fotos (a de Jean-Yves Leloup), (a porta do alto do Sinai), (o buda japonês com a cruz cartuxa sobre o planeta), (a garrafa de Chartreusse dividida com jovens caminhantes do deserto), (a igreja sem teto na ilha de Aran, Irlanda) que segundo Jean-Yves Leloup com esta foto que o próprio tiraste evoca a união da igreja com o infinito, mais que as alturas ou o Altíssimo, o infinito, a possibilidade de cura do que anda torto. A visão do infinito que constrói nuvens e mesmo assim, não abdica do extremo azul. O infinito como pano de fundo para a ansiedade humana. A igreja pode ser em qualquer lugar, mas a prece, conhecida como prece oriental deve ser constante como um sopro interno. Ainda que seja o ex-ateu Jean-Yves Leloup que esteja abrindo suas experiências e a de religiosos que conhecera, o leitor sente-se parte da experiência religiosa a partir do momento que esta passa o prazer de se estar pensando em D-us, vivendo com ou para D-us. Jean-Yves Leloup decodifica o tetragrama judaico como o Vivente, bom nome para este povo judeu que é conhecido por sair-se vitorioso após tantas perseguições governamentais em milênios de sua história. Também para a integração dos deuses, relembra a denominação para o divino de: o Aberto. Jean-Yves Leloup, um homem simples, do povo, diz ter tido a primeira experiência de estar intimamente ligado com D-us e suas manifestações quando esteve no hospital com o quadro de morte clínica em que seu eletroencefalograma que estava sem atividade, e depois recebeu uma cura tão milagrosa e profunda que o fez entrar para a ordem dominicana, ser padre ortodoxo, somente deixando a ordenação quando decidiu-se a constituir família. O livro é rico em mostrar que a fé em D-us está em todo lugar, Jean-Yves Leloup cita diversos religiosos da atualidade ou não, de todo o mundo, e o mesmo dá aulas em diversas localidades. A fé de Jean-Yves Leloup tem como base a ressurreição de Jesus Cristo, o senhor que está no céu mas que esteve na terra, que fez do conhecimento a sua trajetória. Sobre a cruz, cita a tradição oriental que a identifica como o livro aberto que ensina a amar. O entrevistador Edmond Blattchen é inteligente e participativo em suas questões pertinentes, um interessado em teologia, o que faz com que o leitor cale-se diante do diálogo descrito, não há intervenções do leitor, pois há intervenções de ambos os lados: entrevistador e entrevistado, pequenas lembranças acrescentadas por ambos que caem como gotas purificadas de orvalho. Como o provérbio citado, “Não faça a sua casa na ponte”, são desbravadores de um caminho com muitas vias. “Não faça a sua casa na ponte” evidencia os momentos em que não se deve parar, e tentar entender o que não há lógica, ou razão, deve-se procurar a razão aonde há sentido, não no caminho, mas na chegada, no destino. O caminho é silencioso por natureza, para que se esteja atento. Se a minha casa pegasse fogo, eu salvaria o fogo mostra que com a mente ligada no imaterial, o caminho material ficou menos rude, menos perturbador. Realça a importância da espiritualidade que captura o logos, que é capaz de falar de si mesma, que não é mera ilusão, nem sopro vindo de fora, ao contrário, é o sopro vindo de dentro que levanta o homem, inclusive, que leva o homem a agir sem estar preso à materialidade, ao lucro, sem querer estar preso ao presente. Leluop, Jean-Yves – Jean-Yves Leloup: se a minha casa pegasse fogo, eu salvaria o fogo. TraduçãoMaria Leonor F.R. Loureiro Col. NOMES DE DEUSES Entrevistas a Edmond Blattchen ed. UNESP Pará (2002)



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