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Nações Unidas alertam para o despejo de esgotos que ameaça as zonas costeiras e a saúde humana
(Dica)

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O facto de haver despejo de esgotos sem tratamento no mar está a ameaçar seriamente as zonas costeiras e também a prejudicar a saúde humana, de acordo com o que indica um relatório de Programa das Nações Unidas para o Ambiente (UNEP), que foi recentemente divulgado. Na maioria dos países em desempenho, cerca de 80 a 90 por cento dos esgotos despejados no mar não foram sujeitos a qualquer tipo de tratamento, segundo o documento. A poluição, ligada ao crescimento da população que habita no litoral e à falta de infra-estruturas para o tratamento de resíduos e águas residuais, ameaça a saúde humana e a vida animal, pondo em causa actividades económicas como a pesca ou o turismo. O relatório aponta também algumas áreas que merecem atenção urgente, nomeadamente a diminuição dos caudais dos rios devido às barragens, desvios e aquecimento global, novos químicos, o estado das zonas húmidas costeiras e de água doce, e a subida do nível do mar devido às alterações climáticas. Achim Steiner, sub-Secretário-Geral das Nações Unidas e director executivo do UNEP, lembrou que cerca de 80 por cento da poluição marinha tem a sua origem em terra e que esta percentagem poderá aumentar até 2050 se, como se espera, a população que vive em zonas costeiras duplicar e não forem tomadas medidas para combater a poluição. Os especialistas estão também preocupados com os danos e destruição crescentes de ecossistemas costeiros essenciais e importantes para a economia, tais como os mangais, os recifes de corais e os leitos de sargaços. Estes problemas contrastam com a redução da poluição resultante de descargas de óleos, sendo que globalmente, esta quantidade diminuiu 90 por cento desde meados dos anos 80, com os derrames acidentais dos petroleiros a caírem 75 por cento, os derrames resultantes das operações dos petroleiros 95 por cento e as descargas industriais 90 por cento. Outro caso de sucesso verificou-se na redução da contaminação através de poluentes orgânicos persistentes, tais como o DDT ou os lixos radioactivos.



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