Nossas Verdades
(Fabíola Carvalho)
Na física, o movimento é a diferença do espaço sobre a diferença do tempo, o deslocamento. Já na consciência, o movimento é a dialética: a verdadeira e única incursão do homem sobre a realidade. O fogo! A roda! Esse movimento contínuo do pensar é responsável por um caminho que vai existindo à medida que vai sendo trilhado. São os objetos apresentados pela vida ao pensamento e nossa vontade de entendê-los e conquistá-los como nossas verdades. Apesar da simplicidade intrínseca dessa trajetória, nosso pensamento, adequado a buscar respostas simples as nossas inquietudes, se perde em seus momentos, assumindo a verdade apenas naquilo que pode ver imediatamente, negando o resto. Num segundo momento vê-se a verdade também no que se percebe ampliando o campo de visão, ainda que sensível, sobre essa unidade. No terceiro momento percebe-se que a verdade presente nele é a mesma presente no objeto externo e também a sua diferença. Essa situação, ainda desconfortável devido a aniquilação dos momentos em busca de uma verdade absoluta, pode causar um cepticismo crônico e infeliz. Mas, por isso, acharmos que tudo nesta vida não passa de uma representação efêmera do real etão fugaz quanto a morte de Deus, pois, a verdade está em todos os lugares e não em lugar nenhum. Somos nós, Deus e todo o resto, o tempo todo, a toda hora, existindo de todas as maneias.
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