Os limites entre a genialidade e a loucura
(Pablo Silva Machado Bispo dos Santos)
Vários foram os personagens da história humana que foram tidos como loucos ao tentarem pôr suas idéias em prática. Como exemplos disso podemos citar: 1) Galileu Galilei ao afirmar que a Terra se movia; 2) Cristovão Colomobo ao afirmar que a Terra era redonda; 3) Louis Pasteur ao demonstrar que as doenças se deviam a microorganismos transportados pelo ar; 4) Charles Darwin, ao propor a Teoria da Evolução das Espécies; 5) Santos Dumont ao inventar o avião. Uma das características essenciais que permitiam-nosp erceber que não se tratavam de pessoas loucas era o fato de que, ao serem perguntados sobre o que pensavam a respeito de si próprios, sem exceções estes gênios não atribuiam a si mesmos condições de exceção, nem tampouco se acreditavam missionários de Deus ou algo assim. Legaram no entanto a todos nós conquistas e contribuições que até hoje são difíceis de serem igualadas pelas novas gerações (quiçá serem superadas em termos de utildade) Por outro lado, muitos loucos tentarão gravar seus nomes na história universal como se fossem gênios. Dentre estes destaco: a) O Biólogo Lamarck com a Teoria do Uso e Desuso dos órgãos dos animais; b) Nero que incendiara Roma ao se acreditar um Deus da Luz; c) Wallus Grudjkieff ao propor a idéia de que o Universo nada mais era do que um corpo em putrefação; d) O Cavaleiro "Don Alfonso de Aragon" que inspirou o Don Quixote imortalizado por Miguel de Cervantes. Uma característica comum de todas estas pessoas(e de mais alguns milhares de outros casos) é o fato de que, independentemente da validade de suas idéias e invenções, estes consideravam muito mais importante chamar a atenção para si próprios do que para as obras que tentavam colocar no mundo. Alguns especialistas no comportamente humano, como os que escreveram o Dicionário On-Line de Neurociências (www.psiqueweb.med.br) irão definircomportamentos como estes da seguinte maneira: "Esse Delírio Humor Congruente é um delírio de grandeza, de superioridade, de poder sobrehumano, etc., é também conhecido por Megalomania (Mégalo = grande)". Claro está portanto que tais pessoas, muito mais do que procurarem contribuir para a humanidade, estão em estados alterados de consciência e pretendem se ufanar do que não possuem como forma de satisfazer a sta necessidade de ser percebido e reconhecido, elevada a um grau exponencial. Recentemente, aqui mesmo no Shvoong me deparei com um abstrato em que o autor dizia que agora ele traria ao mundo a luz, e que sua descoberta revolucionaria a medicina. Porém em nenhum momento o tal sujeito demonstrou ter conhecimento de como realizar o que se propõe, e mesmo sendo indagado a respeito das fontes teóricas que citava, ao invés de demonstrar o conhecimento respondendo às perguntas que lhe dirigia, o referido autor limitou-se a me ofender (isto ao longo de várias análises de outros resumos do mesmo autor), chegando a oponto de ter o desplante de me alcunhar de "guri" como forma de tentar desqualificar meus argumentos. Não sou psiquiatra e nem médico, mas mesmo a um leigo, exemplos assim tornam claroo que tento dizer. Em suma, quando quiserem separar o joio do trigo, atentemos para o modo como o autor de alguma "obra prima da humanidade" tenta chamarsobre si a atenção que deveria ser chamada para suas obras pela validade destas , e não pos sua opinião pessoal, e como sabemos, a utilidade de uma teoria ou invento são demonstradas ao longo do curso dos anos (e geralmente após a morte do autor). Com isto, é possível separar o joio do trigo ao lermos algo e vermos que alguém tenta parecer grande com auto-elogios, pois quem é grande não precisa dizer que é, as pessoas já reconhecem naturalmente a sua grndeza. Dedico este resumo a Magnus Amaral Campos e à sua defensora e admiradora (mesmo quando toda a lógica diz o contrário) MariaNina.
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