MEDICINA X ESPIRITUALIDADE
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MEDICINA X ESPIRITUALIDADE
Até 1970, a
Igreja e o atendimento médico sempre estiveram interligados.. Com o
desenvolvimento científico e tecnológico, porém, a religião e a medicina
tornaram-se independentes entre si. Os profissionais de saúde começaram a ver a
espiritualidade como algo distante, que não poderia estar aliada ao tratamento
e cura dos doentes. O pensamento de Sigmund Freud contribuiu para essa
separação.
Entretanto, nos últimos anos, a comunidade científica tem mostrado interesse
em entender como a espiritualidade pode auxiliar os médicos a obter melhores
resultados no exercício da profissão. Desde o ano 2000, cerca de três mil
artigos sobre religião e saúde mental foram publicados, envolvendo a
religiosidade na educação médica.O médico Harold Koenig formado pela Universidade da Califórnia em São Francisco é especialista
em geriatria, psiquiatria e bioestatística. É diretor do Centro para o Estudo
da Religião, Espiritualidade e Saúde da Universidade de Duke, na Carolina do
Norte, e editor de duas revistas médicas especializadas: International Journal
of Psychiatry in Medicine e Research News & Opportunities in Science and
Theology. Saúde mental, geriatria e religião são os temas de 24 livros de sua
autoria, incluindo o Manual de Religião e Saúde: Revisão de um Século de
Pesquisa, o mais completo tratado sobre o assunto.
O dr. Koenig partiu para a sistematização das pesquisas depois de questionar
pacientes sobre o que as ajudava a suportar a doença e ouvir respostas como:
“Doutor, é a minha oração”. Os clínicos ocidentais se afastaram da
espiritualidade e da fé religiosa, porém, as necessidades dos pacientes,
combinadas a pesquisas científicas que relacionam fé e boa saúde vêm aos poucos
convertendo uma comunidade médica cética.
Um estudo realizado em 1998 pelos médicos Harold Koenig e
David Larson, do Centro Médico da Duke University, mostrou que as pessoas que
freqüentavam a igreja todas as semanas tinham menos probabilidade de serem
internadas e, se fossem, passavam menos tempo no hospital do que aquelas que
iam a igreja com menos freqüência.
Entre 1986 e 1992, foram colhidas 4.000 amostras sanguíneas
de pessoas com mais de 65 anos que freqüentavam regularmente a igreja ou não
tinham hábitos religiosos. O nível da proteína do sangue que indica o estado
imunológico foi maior entre os fiéis, "o que quer dizer melhor sistema
imunológico"
Para aproximar médicos da vida espiritual de seus pacientes,
o American College of Physicians, maior sociedade americana de especialidades
médicas, sugere aos profissionais que, durante a anamnese, sejam feitas quatro
questões.
- se a crença do paciente traz conforto ou estresse;
- se a religião poderia interferir no tratamento médico;
- se considera que sua saúde mental tem relação com a
espiritualidade e
- se gostaria de falar a respeito de religião com o médico.
Sobre este último tópico, uma pesquisa americana apontou que
77% dos pacientes gostariam que o médico falasse sobre religião, mas só 10%
deles falam em Deus com seus pacientes..
Entre os efeitos positivos concluídos por inúmeras pesquisas
sobre a ligação entre fé e saúde, corpo-espírito, religiosidade e medicina,
destacam-se:
Vida mais longa
Bem estar geral
Melhor recuperação
Batimentos cardíacos mais firmes
Menos estresse
Pressão arterial mais baixa.
Segundo o Dr. Harold Koenig, “O médico deve cuidar do paciente por inteiro”.
Além do físico, o médico deve levar em consideração o indivíduo como um ser
social, psicológico e, principalmente, espiritual. A crença em um ser superior,
a prática religiosa e a fé são elementos que elevam o bem-estar e a esperança
dos pacientes.
alice martins
Sites Pesquisados:
http://www.amebrasil.org.br/ html/koenig.htm
http://www.sida-luz-posi tiva.org/modules.php?name=News&file=article&sid=62
www.selecoes.com.br
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