Folha de Sao Paolo
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Técnico ucraniano Mikhail Zubkov, 38, foi proibido de se aproximar de sua filha Kateryna Zubkova, 18, após agredi-la fisicamente no Mundial de Desportos Aquáticos, em Melbourne, na Austrália – F.sao Paulo – 28/03/07 A continuação da própria vida na vida de outro é um problema sério. Trata-se de uma transferência – um mecanismo de defesa utilizado que alguém pode utilizar como forma de amenizar conflitos psicológicos internos. Sofre quem realiza – pois desconhece os produtos que a experiência vivida por outro fornece – sofre quem é alvo – já que fica sobrecarregado de uma responsabilidade de algo que não sabe ao certo os motivos! Imagine agora quando esta transferência ocorre na relação (tumultuada em grande parte) entre Pai e filhos. No caso em tela, entre um Pai (ex-atleta) e sua filha (atual atleta). Certo que o pai ucraniano apostou todas tuas fichas no sucesso não ocorrido em sua vida, na trajetória da carreira de sua filha Kateryna. Pergunto-me de que forma este pai fez a pressão psicológica em sua filha! De que maneira esta filha conseguiu algum espaço interno e externo para ser “ela mesma!”. Sim, porque o tamanho da reação deste pai ao insucesso da filha, demonstrou toda a “carga” imposta nela! Casos assim não terminam muito bem. A tendência de uma pessoa submetida a estas circunstancias é, buscar situações contrastantes para que no confronto, consiga ter um reflexo, e deste reflexo, saber como realmente é sua personalidade pessoal! Exemplo- Filho (a) de personalidade muito famosa que entra para o mundo das drogas. Entre outras coisas, o que se pode interpretar é: Meu pai (mãe ou outro ente) é tão poderosamente bom que eu sou uma droga! A mente despreparada lê literalmente e faz as contas – “se sou uma droga, então droga eu consumo!” Ricardo A Moraes
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