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A Vida Nova
(Orhan Pamuk)

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É sempre difícil falar sobre um livro que se reporta a uma cultura diferente e se suporta numa civilização diversa. É o problema dos referentes...
E é precisamente sobre esta diversidade entre a cultura de um país que se erigiu sobre a esquizofrenia resultante da crença numa fé muçulmana e da prática laica de um Estado, herdeiro de Mustafa Kemal, vulgarmente conhecido por Atatürk, e uma relativa homogeneidade entre as crenças e práticas do mundo ocidental e oriental que o livro se desenvolve.
Enquanto que no Médio Oriente a fé muçulmana é acompanhada por soluções de governo e culturais que não colidem com essa fé, antes a respeitam; e, por seu lado, no ocidente, os regimes políticos “democráticos” são acompanhados por ambientes culturais tendencialmente abertos e, como tal, em sintonia, ainda que pelo menos aparente, com os ditames maioritários das diversas crenças, a Turquia é um caso à parte.
Na Turquia cada um é chamado a seguir os ditames de Maomé e de Alá. A rezar virado para Meca. A jejuar no Ramadão. Mas tudo isto no recato do seu lar, da sua família. Na rua imperam as regras de um Estado laico que pretende universalizar o ensino superior, equalizar o estatuto de homens e mulheres, modernizar a estrutura produtiva e dos transportes.
O romance conta a história de um jovem estudante que um dia descobre um livro que, literalmente, lhe transforma a vida. E que o força a partir em busca do Anjo que o liberte do paradoxo que ele intui na Turquia e na sua vida pessoal.
É que ele também se apaixona por uma jovem que, por sua vez, também está apaixonada por um terceiro jovem estudante. Todos eles leitores do livro.
No final, depois de desmontada, aparentemente, a trama, ficaremos a saber que existe apenas um destino possível para o nosso jovem (e para a Turquia?).
E fiquem desde já a saber que o Anjo sempre existe.
Só há que saber ter paciência e saber esperar, como diz, a determinado ponto, uma personagem incidental. Ou talvez nem tanto...
Encham-se de coragem e leiam este livro do muito justamente galardoado com o Prémio Nobel da Literatura de 2006. Quantas pessoas seriam capazes de escrever que alguém faz mesas-redondas com as diversas ideias que tem dentro da sua própria cabeça?Mas antes ainda têm de ouvir falar (ler) sobre caramelos, autocarros, seljúcidas, Dr. Fino e relógios.



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