A CIDADE- PASSO A PASSO
(M. Le Duc; Nathalie Tordjman)
O meu apartamento tem três quartos para a minha família, e o último onde guardamos o avô para não fugir para o campo. Descobrimos com o decorrer dos anos que é inútil guardá-lo, as estradas que partem das cidades não levam a lugar nenhum, todas acabam numa palavra nova,rotunda , ouve-se daqui o buzinar dos automobilistas . Hoje, as estradas tornaram-se inúteis , porque viajamos no pensamento.As cidades deram lugar a metrópoles. Os que habitavam as cidades perderam , por isso, o caminho de regresso a casa. Para eles não discutirem qual é o caminho entre si, avançam sem sentido mas com direcção mal abra o semáforo verde. Chamam-lhes a multidão. Dão-lhes polícia,igreja e banco ; dos bosques onde houvera em tempos pássaros e sol sobra um pequeno jardim com muro á volta onde um mendigo faz companhia em vão às crianças que não sabem da mãe. Inventam de mãos dadas uma roda, uma música, uma fila que não obedece aos sinais de trânsito. No dia 22 de setembro, é o Dia Sem Carros.
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