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A questão da Educação Numa recente reunião com pais, aqui no CAMPSV, para falar sobre o aproveitamento e freqüência de seus filhos na escola (é, aqui a gente controla isso, também...), a Assistente Social me pediu para fazer a abertura do encontro. Na ocasião pudemos refletir que, pouquíssimas vezes (ou nunca), vimos a questão educacional colocada em um processo eleitoral, tanto para Governador como para Presidente, como nessas eleições. Na maioria das vezes, não foram tratados os grandes temas da Educação, mas uma situação perversa que nos persegue há vários anos: os efeitos de uma Progressão Continuada mal implementada. Vejam que não falo da Progressão em si, mas dos efeitos de sua má implementação. Aqui mesmo na Baixada Santista, temos casos de regiões onde ela teve resultados extraordinários e outros onde foi medíocre. Bem... como não sou especialista em educação, não vou me alongar nesse terreno. Mas tem uma coisa que eu conheço: pais (sou um deles) e alunos (já fui um e agora tenho muitos...) Gente é igual em todo lado: as pessoas são motivadas por INTERESSE, seja lá qual for. Se você não causar INTERESSE nas pessoas, não vai chegar a lugar nenhum. O que eu quero dizer é o seguinte: seja lá qual for o sistema educacional, se a criança, o adolescente ou o jovem, o ALUNO, enfim, não percebe que os PAIS (é isso mesmo: os pais e as mães ou quem faz as vezes deles) não se interessam pelo que ele faz na escola, ADEUS! Professor não vai fazer milagre... Professor não pode e não DEVE assumir o papel que pertence aos pais. Bem... e quais seriam esses papéis?! Não posso citar todos, mas vou me ater apenas a um: FISCALIZAR, por exemplo! Fiscalizar o que? Respondo: fiscalizar os cadernos de seu filho; fiscalizar se ele vai para a escola e, se quando vai, entra na aula certa e na hora certa; fiscalizar se o professor ministra as aulas e se tem professor na escola para ministrar aulas; fiscalizar as NOTAS de seus filhos. Ah, meu Deus, mas isso não será uma “invasão de privacidade” do meu filho. Respondo de novo: NÃO! Chama-se responsabilidade de pai/mãe. Ou será que os pais não sabem que na maioria das escolas públicas não tem aula às sextas feiras?! Por que?! Os professores não recebem pelas sextas-feiras em que não há aula?! O governo suprimiu o dia letivo de sexta feira?! Se você for para sua empresa e não trabalhar porque é tal dia, o que acontece?! Ou será que os pais não sabem que a maioria de seus filhos faltam “adoidado” na escola e depois fazem um monte de “trabalhos” para COMPENSAR(?) e acabam sendo promovidos(??). As desculpas são sempre as mesmas: os pais trabalham muito, hoje em dia, e não podem fazer como antigamente, que tinham mais tempo para os filhos... Não posso dizer que não seja verdade, mas se procurar arruma tempo, porque arruma para ver novela, assistir futebol, ir no bar e outras coisas mais. É questão de preferência. Quanto a trabalhar muito, tenho uma triste notícia: vão ter que trabalhar muito mais e por mais tempo, para sustentar um ou mais “analfabetos funcionais” (é o nome bonito que arranjaram para o pessoal que sai da oitava série sem saber ler nem escrever) que não vai conseguir emprego em lugar nenhum porque não tem o mínimo de qualificação. Pais, fiscalizem o que seus filhos andam fazendo na escola e o que a escola anda fazendo com eles, COMO ANTIGAMENTE, é simples assim! Até a próxima. Oswaldo da Cruz é Técnico em Informática e Administração é Supervisor de Qualidade e Educador, no CAMSPV. .

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