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Conhecimento por apresentação e conhecimento por descrisção
(Bertrand Russel)

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Em seu relevante artigo de 1910-1911, Conhecimento por apresentação e conhecimento por descrisção ( Knowledge by Acquaintance and Knowledge by Description ), o filósofo Bertrand Russell desenvolveu algumas teses de teoria do conhecimento , em particular, a distinção entre conhecimento direto (familiaridade ou apresentação) e conhecimento por descrição. Segundo Russell, para entendermos uma proposição é necessário que ela seja composta de elementos constitutivos dos quais tenhamos um conhecimento por familiaridade. E só podemos ter conhecimento por familiaridade quando temos conhecimento direto do objeto, quando o objeto for apresentado diretamente à nossa frente, ou seja, é aquele em que aprendemos diretamente ao objeto. Isto compreende por exemplo; dados sensoriais. Russell entende que o conhecimento por familiaridade são os aprendidos diretamente pelos sentidos como as cores, os odores e os sabores. O conhecimento por familiaridade ou apresentação não é passível de dúvida. É um conhecimento certo. Temos o conhecimento direto de algo quando sabemos diretamente dele, sem nenhum intermediário, ou seja, sem haver algum processo de interferência. Exemplo: conhecimento das cores, grandezas, sabores e odores. É direto e infalível. O pressuposto epistemológico lançado por Russell é o de que, para conhecermos um complexo, temos que ter familiaridade com cada um de seus componentes. Afirma ele que "não é fácil dizer se é possível conhecer um complexo sem tomar conhecimento dos seus componentes". Disso decorre, segundo Russell, que ninguém tem conhecimento do "eu". Segundo Russell, já o conhecimento por descrição é mais complexo. Exemplo: uma cadeira pode ser conhecida por descrição dos seus vários componentes, como por exemplo: cor de suas partes, extensão, formato etc. Os objetos físicos somente são conhecidos por apresentação. Nesse caso, uma cadeira ou uma mesa seriam uma construção lógica de dados sensoriais em que o indivíduo entra em contato. Russell conclui que é na estrutura e forma lógica que encontramos os elementos que compõe os objetos. Para Russell, numa proposição que contenha uma descrição: Exemplo: "O autor Waverley é Scott", tem a seguinte estrutura lógica ou forma lógica: 1º um enunciado de existência: (ao menos uma coisa é autor de Waverley); 2º um enunciado de unidade: (no máximo uma coisa é autor de Waverley); 3º um enunciado predicativo: (Esta coisa é Scott); Para Russell a análise lógica precisa de frases declarativas contendo descrições definidas. O conhecimento ocorre ou por descrição ou por apresentação (familiaridade). Toda fonte de conhecimento é obtida unicamente por vias dos sentidos. E todo o conhecimento envolve ou pressupõe uma relação direta do sujeito cognoscente com algum objeto. Portanto, para entender uma palavra é necessário que se tenha conhecimento por familiaridade do que ela significa.



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