Gripe
(Pedro Moreira)
Sendo a gripe uma doença infecciosa e contagiosa esta insere-se no grupo das doenças infecto-contagiosas.
Estas doenças são frequentes, e na sua maioria doenças gerais. Caracterizam-se como processos infecciosos causados por diversos agentes como vírus, bactérias, vermes e protozoários, transmissíveis de forma directa ou indirecta. Geralmente esta transmissão ocorre por meio de mosquitos, caramujos, sangue ou plasma sanguíneo (em transfusões) e gotículas de saliva ou muco expelidos pelo infectado ao tossir, espirrar e falar, como acontece com o vírus da gripe.
Segundo o seu aparecimento e evolução, as doenças infecto-contagiosas podem ser epidémicas, isto é, aquelas com ocorrência de muitos casos num dado período e com tendência a desaparecer, endémicas, isto é, aquelas que apresentam quantidade significativa de casos em certas regiões, e as pandêmicas, que são as que têm muitos casos espalhados pelo planeta ou continente, como a gripe. Devido ao conhecimento cada vez mais elaborado dos agentes infecciosos o tratamento destas doenças é certamente uma das grandes vitórias do séc. XX no domínio médico. No entanto para compreender estas doenças é necessário possuir algumas noções relativas aos agentes patogénicos, aos meios de defesa do organismo, ao modo de transmissão destas doenças e aos tratamentos que actualmente se dispõem.[BR]
A infecção gripal vai-se desenvolvendo no interior do organismo do hospedeiro de uma forma periódica em 3 fases diferentes cada uma com características próprias que seguidamente serão abordadas com pormenor.
A fase de incubação, absolutamente silenciosa, dura 2 ou 3 dias, é o tempo necessário para que o vírus se multiplique suficientemente.
A fase de inicio (invasão) é brusca, marcada pelo aparecimento de sintomas, que são muito intensos e incapacitantes entre sendo os mais comuns e normais de acontecerem os seguintes: uma sensação de fadiga intensa, de lassidão generalizada e tosse seca e dolorosa. No início da doença pode haver vómitos e uma aversão á luz e ao ruído o indivíduo pode muitas vezes determinar “a hora do aparecimento da gripe”.
O período de estado, fase em que o doença atinge o seu pleno desenvolvimento, é típico. Inicialmente o doente apresenta febre elevada (40ºC), com calafrios, dores de cabeça intensas, dores lombares, dores musculares( que podem atingir qualquer parte do corpo, mas são mais comuns nas pernas, coxas e região lombar sendo frequentes dores articulares), conjuntivas vermelhas, sensação de invasão das vias respiratórias e de ter uma traqueia rígida e dolorosa, caindo para os 38ºC e 39ºC durante dois ou três dias, fixando-se, depois entre 37,5ºC e 38ºC. · A temperatura eleva-se rapidamente nas primeiras horas e pode chegar a durar uma semana.
A febre tende a ser particularmente elevada nas crianças (38-41ºC), podendo desencadear convulsões.
Todos estes sinais evocam a noção de um Estado Gripal, com tosse seca, penosa, obstinada, que não é acalmada pelos medicamentos. A febre apresenta por vezes uma remissão pelo segundo dia.
A fase de cura, após 3 ou 4 dias vê a febre diminuir e a tosse torna-se menos dolorosa dada a grande quantidade de expectoração produzida; mas, por vezes uma infecção secundária das vias respiratórias prolonga a gripe (são as chamadas complicações) A convalescença é longa (duas a três semanas), assinalada por uma astenia prolongada.
À medida que estes sintomas gerais vão desaparecendo, os sintomas respiratórios tornam-se predominantes.
Tosse seca persistente e dor de garganta podem durar até duas semanas.
Na Gripe sem complicações, a doença aguda geralmente resolve ao fim de cerca de 5 dias e a maioria dos doentes recupera em 1-2 semanas, mas a convalescência é marcada por uma astenia que se prolonga durante cerca de um mês.
Numa minoria das pessoas, os sintomas de fraqueza e cansaço intensos podem persistir durante várias semanas, tornando difícil o regresso à vida quotidiana normal e ao trabalho.
A mortalidade, quase nula no adulto com formas correntes, é elevada em caso de complicações pulmonares asfixias, de elevadas proporções em certas epidemias . Foi o caso da epidemia de 1918 – 1919, em que a gripe causou no Mundo cerca de 20 milhões de mortes. Os indivíduos debilitados e os idosos pagam igualmente um pesado tributo (em 1957, a mortalidade geral neste grupo aumentou de 20% em França durante a epidemia da gripe).
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