O enigma da Esfinge
(edicris)
Evidências Arqueológicas levantadas põem sob suspeita a data da construção da Grande Esfinge e, como consequência, a Cronologia da Civilização Mundial. Nos anos 90 foram encontradas evidências físicas mostrando que a enigmática Esfinge, na Planície de Gizé, pode ser muito mais velha do que se pensa. Talvez ela seja o Monumento mais Antigo na face da Terra - sua construção deve ter ocorrido entre 5000 a 7000 a.C., o que contraria totalmente a Cronologia aceita pelo Mundo Académico. Os Arqueólogos atribuem a construção da Esfinge ao filho de Quéops, o Faraó Quéfren, que reinou por volta de 2500 a.C., no Período conhecido como Antigo Império.A Descoberta na verdade teve origem há meio século, no trabalho de um arqueólogo francês R. A. Schwaller de Lubicz (1891 - 1962). Ente 1937 e 1952, ele tomou medidas das ruínas do Templo de Luxor, as quais revelaram relações geométricas, e que posteriormente foram confirmadas por outros arqueólogos franceses. Lubicz também encontrou relações similares noutros sítios arqueológicos. Em 1949, ele divulgou suas pesquisas,em 1957 fez um relatório completo sobre elas. A investigação do arqueólogo francês revelou uma curiosa anomalia física no complexo de Pirâmides em Gizé: a erosão da Esfinge era muito diferente da erosão observada nas outras estruturas. Lubicz sugeriu que a causa da erosão na Esfinge era a água e não a areia soprada pelo vento. Na época, ninguém entendeu as implicações dessa observação, que ficou esquecida até os anos 70, quando o egiptólogo John Anthony West entrou no caso. O que é hoje a cabeça da Esfinge foi provavelmente um afloramento de rocha. O corpo do Monumento, na forma de um leão deitado olhando para o leste, mede 73 metros e foi escavado na rocha. O americano comparou a erosão da Esfinge e dos seus Templos, com a erosão noutras estruturas de Gizé. Na Esfinge e nos muros ao seu redor, a rocha estava bem maltratada. Os cantos estavam arredondados e eram proeminentes as fissuras profundas. Nas demais estruturas da Planície havia apenas a erosão causada pelo vento soprando a areia.Durante o Período que marcou a transição pós-glacial para a zona de clima temperado, o Egipto experimentou longo tempo de chuvas. Com algumas interrupções, esse Período durou de 10000 a 5000 a.C. e, quando chegou ao fim, a verde Savana que era o Sahara ficou um Deserto. Um curto Período de chuvas voltou a ocorrer entre 4000 e 3000 a.C. West acredita que as chuvas da transição Pós-Glacial e as consequentes enchentes do Nilo provocaram o característico desgaste no complexo da Esfinge, o que significa que o Monumento deve ter sido construído durante ou antes da era Pós-Glacial.Os arqueólogos concordam que o complexo da Esfinge já esteve próximo do nível das cheias do Nilo e que pelo menos numa ocasião a enchente atingiu a base da construção. Todavia os níveis da cheia vêm declinando desde os tempos do Faraó Quéfren. Testes com ondas sonoras foram realizados no chão do recinto escavado, descobriu-se que o piso em frente e ao longo da Esfinge estava desgastado até uma profundidade entre 1.82 e 2.43m e que a parte de trás do recinto havia se desgastado só a metade disso.Os Arqueólogos dataram a Esfinge com base em vários tipos de evidências. Uma Estela do Reinado de Tutmósis IV (1401-1391 a.C.), colocada diante do Monumento, continha a primeira sílaba do nome de Quéfren. Estátuas do Faraó encontradas no Templo do Vale também parecem estar associadas ao complexo de Quéfren, e acredita-se que é sua,a cabeça da Esfinge. Os Monumentos de Gizé há muito tempo são assunto de Mistério e especulação. John Anthony West sugeriu que uma datação situada na Idade do Gelo para a construção da Esfinge levanta uma nova questão sobre a existência de uma Civilização muito mais Antiga, quem sabe até a legendária Atlântida. Claro, a evidência datando a Esfinge num período mais antigo não prova a lenda da Atlântida, mas, se a Hipótese da erosão por chuva for correcta, isso coloca a Cronologia da Civilização Mundial sob suspeita. Se o complexo da Esfinge é tão antigo, quem o construiu e por quê? Algumas respostas talvez surjam no Futuro, quando a hipótese for examinada. Até lá, a Esfinge desafia-nos a repensar a nossa História e a manter a mente aberta.
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