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A Morte de Cristo em Verdun
(Dieter Dellinger)

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"A Morte de Cristo em Verdun" é um dos vários contos de Dieter Dellinger publicado pela Editora Lua Nova num pequeno livro.[BR]O autor descreve nesse conto uma cena trágica e extremamente realista da Batalha de Verdun que ceifou mais de um milhão de jovens alemães e franceses.[BR]Duas companhias chegam aos seus bivaques de ambos os lados da frente para fornecerem material fresco para batalha; material humano, entenda-se.[BR]Chegaram para participar logo no dia seguinte nas ofensivas matematicamente pensadas pelos Estados Maiores. [BR]Assitiram às missas matinais e comunhão dadas pelos capelães das duas companhias e foi oferecido a cada soldado alemão e a cada francês uma pequena bíblia e um crucifixo brilhante, mas não sem que os capelães advertissem que se vissem algo de parecido ao peito de um soldado inimigo não acreditassem, não era Cristo, mas a imagem de Belzebut com cornos e língua de fogo. Em cada um dos lados descrevia-se o inimigo como "anti-cristos" e muita coisa mais. Os alemães eram uns hunos e boches, cujo sangue conspurcava a terra francesa e os franceses também não passavam de "anti-cristos", impuros e defensores de um regime republicano em que qualquer prostituta podia eleger um presidente da República e tinha pois o mesmo voto que um bispo ou caredeal.[BR]A batalha começou, os primeiros inexperientes que saltaram para fora das trincheiras foram ceifados pelo fogo das metralhadoras e os outros avançavam nos intervalos dos tiros. O objectivo era chegar às trincheiras inimigas, lançar granadas de mãos e entrar de baioneta apontada. [BR]O soldado Hans Christoff teve "sorte", ia atrás de um sargente miliciano, um intelectual que desprezava a guerra e que foi apanhado por uma granada, o que permitiu ao jovem alemão avançar mais uns passos e lançar a sua granada de mão, atirar-se ao chão e após o estrondo levantar-se e avançar para a trincheira inimiga. Só via fumo e fogo à sua volta. Avançou mais e saltou para a elevação da trincheira. De lá saiu um "poilus" francês com algo a brilhar no peito. Hans não pensou em mais nada e espetou-lhe a baioneta em pleno coração, enquanto sentia uma dor tremenda no peito. O seu pulmão acabava de ser trespassado pela lâmina francesa. No último momento de vida antes de tombar, Hans viu que o Cristo do inimigo não tinha língua de fogo, era um Cristo igual ao seu.[BR]Nos seus contos de blog literário "Contos e Novelas do Século", Dieter Dellinger, pretende relatar o Século XX em pequenos contos e novelas que retratam o que foi com toda a crueldade do que foi verdadeiro.[BR]



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