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Felicidade- Como os grandes sábios podem nos ajudar a viver melhor
(Paulo Nogueira)

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FELICIDADE
COMO OS GRANDES SÁBIOS PODEM NOS AJUDAR A VIVER MELHOR

A filosofia objetiva as pessoas a viverem melhor, tornando viável a busca da felicidade, e útil na vida prática. “O ofício da filosofia é serenar as tempestades da alma” (Montaigne).
O aristocrata romano Boécio era rico e poderoso, mas acusado de traição, foi condenado à morte. Inteligente, havia decorado livros de filosofia desde a infância e, preso, começou a recorrer à sua “biblioteca invisível”. Esperando a sentença de morte, escreveu um clássico da literatura A Consolação da Filosofia, “A felicidade pode entrar em toda parte se suportarmos tudo sem queixas”, escreveu ele. A filosofia consola, inspira e ensina.
Demócrito escreveu o livro Sobre o Prazer, cuja primeira frase “Ocupe-se de pouco para ser feliz” abre o seu conceito de que sobrecarregar a agenda sobrecarrega o espírito, e traz angústia. Deve-se fazer por dia apenas aquilo que é realmente necessário. Em Meditações, disse que devemos evitar os gestos inúteis e os pensamentos desnecessários. “Controlarmos a mente, esse cavalo selvagem, em vez de sermos controlados por ela”.
Os filósofos também apontam a aceitação dos tropeços, porque são inevitáveis, ensinado pelo filósofo Zenão, que fundou o estoicismo, (bravura na adversidade). É o equilíbrio, a calma diante do revés ou da vitória. A sua escola tinha símbolos que representavam o triunfo da sabedoria sobre a brutalidade.
O estoicismo defendia uma vida natural e simples no estilo e comportamento de vida. E tinha a lógica da aceitação e resignação, pois agastar-se com os fatos, pioravam o espírito da pessoa.
Zenão não deixou livros para hoje, mas ótimas frases, como “A natureza nos deu dois ouvidos e apenas uma boca para que ouvíssemos mais e falássemos menos”.
Aceitar as coisas como elas são, é ingrediente para ser feliz. “Não se deve pedir que os acontecimentos ocorram como você quer, mas deve-se querê-los como ocorrem: assim sua vida será feliz”. disse Epíteto, filósofo e ex-escravo. Descartes também disse “É mais fácil mudar seus desejos do que mudar a ordem do mundo”. Exemplo, no meio de um congestionamento, não há o que ser feito, ouça uma música então.
Epíteto também diz que devemos ocupar somente com o que está sobre nosso controle. O nosso estado de espírito é moldado pela forma como encaramos os fatos. “Todas as minhas esperanças estão em mim”. (Horácio) e “É digno de piedade quem depende dos outros”. (Montaigne).
Horácio afirma que o sábio vive apenas o presente, pois o futuro é fonte de desassossego. “A imprevidência é uma das maiores marcas da sabedoria”. (Epicuro). Ele defendia o controle das ambições e dos desejos, pois quanto mais se tem, mais se quer, o que gera frustração.
Epicuro pregava a simplicidade em tudo, até nas palavras, pois quem diz muito faz “mais ruído que sentido” Sêneca. Montaigne também dizia “O mundo é apenas tagarelice e nunca vi homem que não dissesse antes mais do que menos do que devia”.
Você tropeça e percebe a alegria dos seus falsos amigos, seja simples e ria, afinal é a vida como ela é. Schopenhauer em Aforismos para a sabedoria de vida disse “Acima de tudo, o que nos torna mais imediatamente felizes é a jovialidade do ânimo, pois essa boa qualidade recompensa a si mesmo de modo instantâneo...”
Esta virtude, como outras, é obtida com suor e paciência, pois ela é um hábito. Exemplo é Demóstenes que se transformou num dos melhores oradores da humanidade após muitos exercícios diários e tremendo esforço.
A vida feliz também é conturbada pelo medo da morte. Sêneca desprezava a morte não por morbidez “E por mais que te espantes, aprender a viver não é mais do que aprender a morrer”. Mas sim porque quem despreza vive, paradoxalmente, melhor, não pesa o terror. “Imagine que cada dia vai ser o último, e assim você aceitará com gratidão aquilo que não mais esperava”, sábio da Antiguidade.
Memento mori: lembre-se que vai morrer. “O remédio do homem vulgar é pensar que não vai morrer” Montaigne. Assim, quanto menos se pensa na morte, mais somos assombrados por ela.
Marco Aurélio também defendia pensar-se na morte de forma natural “Cada um vive apenas o momento presente, breve. Exíguo, pois, é o que cada um vive. Exíguo o caminho a terá onde vive. Exígua, até a mais longa memória na posteridade, essa mesma transmitida por uma sucessão de homúnculos morrediços, quem nem a si próprio conhecem, quanto menos a alguém falecido há muito”. Assim, pregavam não alimentar rancores e evitar brigas, pois “Teimar e contestar obstinadamente são defeitos peculiares às almas vulgares. Ao passo que voltar atrás, corrigir-se, abandonar uma opinião errada no ardor da discussão são qualidades raras das almas fortes e dos espíritos filosóficos”. Montaigne.
Falam também do medo do envelhecimento e a luta inútil pela juventude eterna. Segundo Cícero “Todos os homens desejam alcançar a velhice, mas ao ficarem velhos se lamentam. Eis aí a conseqüência da estupidez”. E arremata “Os velhos inteligentes, agradáveis e divertidos suportam facilmente a idade, ao passo que a acrimônia, o temperamento triste e a rabugice são deploráveis em qualquer idade”.
Cícero ajudou a enxergar a velhice com bons olhos, mostrando que devemos permanecer intelectualmente ativos e mostra a beleza de cada fase da vida: a fraqueza das crianças, o ímpeto dos jovens, a seriedade dos adultos, a maturidade da velhice. Para ele, “a memória declina se não a cultivamos ou se carecemos de vivacidade de espírito”.



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