0 contrabando do urânio brasileiro
(Rodrigo Rangel)
0 contrabando do urânio brasileiro Este artigo foi escrito por Rodrigo Rangel na revista ISTOÉ na escola. de junho de 2006. Em julho de 2004, a Polícia Federal apreende no interior do Amapá, na caçamba de uma caminhonete, dezoito sacas de um mineral granulado escuro, muito pesado. 0 material foi examinado nos laboratórios da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), era um composto de urânio e tório, minérios altamente radioativos, que existem em grande quantidade no extremo Norte brasileiro. Lá os garimpeiros põem suas vidas em risco, expostos à radiação. A Polícia Federal fez uma investigação secreta e conseguiu centenas de horas de gravações telefônicas, que revelam o funcionamento da máfia, desde a extração do minério na selva amazônica até as negociatas encabeçadas por quadrilhas que exportam o urânio para clientes tão misteriosos quanto elas, e inclusive, com o respaldo de autoridades e políticos. 0s investigadores descobriram que os contrabandistas estão levando o minério para países da Europa, Ásia e África, particularmente a Rússia e a Coréia do Norte. 0 Palácio do Planalto já foi alertado para o fato de que, daqui, o urânio pode estar indo parar nas mãos do terrorismo internacional. Como prova disso, a polícia descobriu o nome de Haytham Abdul Rahman Khalaf, libanês apontado como o elo com o grupo extremista islâmico Hamas.
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