Second Life, A Vida Como Ela Não É 
(Bel Moherdaui;  Laura Ming)
  
O Second Life é um misto de jogo e site de relacionamento, com figuras, gestos e interatividade grupal, em que circulam bonequinhos - os avatares - que são, como indica o nome saído da tradição hinduísta, a encarnação virtual (seres fisicamente perfeitos) dos usuários do site. Permite que pessoas convivam num mundo tal qual gostariam que fosse.  Não custa nada entrar, custa pouco se instalar a contento e há oportunidades de negócios, bastante exploradas, dentro de uma economia local, movida por uma moeda própria, o linden dólar. Mas o que move a maioria das pessoas a se dar ao trabalho de montar no computador uma vida novinha em filha não é nem dinheiro, nem curiosidade, nem desencanto com o mundo real, nem proficiência digital, mas a oportunidade de viver uma versão idílica da própria vida, o que geralmente significa boa forma, casa perfeita, carrão e uma boa dose de sexo. Quando planeja seu personagem, a pessoa tem a ilusão de conquistar o que jamais teria na vida real, a custo muito menor. Casa, clubes, empresas, festas, a Nasa, a Torre Eiffel, Dublin, Amsterdã e o bairro dos Jardins, em São Paulo, tudo no Second Life fica em ilhas, a unidade territorial básica de lá.  Por ser incipiente em quase tudo, pouquíssima gente ganha dinheiro de verdade no Second Life. A exceção, que já foi capa da revista Business Week, é a chinesa radicada na Alemanha Ailin Graef – Avatar Anshe Chung, que em dois anos e meio amealhou 1 milhão de dólares de verdade construindo e vendendo imóveis que só existem de mentirinha. O programador Roberto Toledo, de São Paulo, também ganha a vida com o Second Life: já produziu diversas festas patrocinadas por empresas, pelas quais recebe em reais. Empresas de verdade como a Adidas, Volkswagen, Bradesco, Credicard Citi, fincaram seus logos nas terras virtuais do Second Life.  
                            PARA ENTENDER MELHOR O SECOND LIFE (SL): 
  Neste mundo virtual em três dimensões pode-se fazer o que bem entender – encontrar amigos, construir objetos, fazer negócios, viajar, consumir, dançar, namorar, casa, voar. Para brincar sem maiores pretensões não custa nada. Para poder comprar e vender terreno, se paga uma mensalidade de cerca de 10 dólares.  A população é de atualmente 5,4 milhões e o idioma é o inglês. A moeda usada é o linden dólar e cada dólar de verdade vale 267 linden dólares, comprados com cartão de crédito de verdade. Para participar entre no site www.secondlife.com, instale o software e crie seu avatar, que é você no SL. Na orientation island (primeira providência), os avatares aprendem a falar, a andar, a se orientar e a lapidar suas características físicas. A comunicação é escrita como em uma sala de bate-papo.  O usuário tecla e os avatares lêem. Há um controle e os usuários podem denunciar atitudes impróprias ao dono do site, o Lindem Lab, que investiga e, se achar necessário, pune com suspensão ou expulsão. No Brasil, a Kaizen Games, empresa de jogos de computador, está criando um Second Life brasileiro, voltado para o público local, onde haverá, inclusive, uma redação e uma edição virtuais da revista Vip. 
 
  
 
Resumos Relacionados
 
  
- Http://veja.abril.com.br/180407/p_096.shtml
  
  
- Www.secondlifenevscom
  
  
- Http://www.secondlife.com
  
  
- Brazil
  
  
- Conheça Second Life!
  
 
 
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